Nesta quinta-feira (23), o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, participou da reinauguração do casarão do Museu Nacional de Imigração e Colonização (MNIC) e de uma aula magna na Univille. Ao longo de sua participação, falou sobre a relação do Instituto com a cidade. 

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Conforme Leandro Grass, em entrevista para a CBN Joinville, a cidade carrega uma grande memória do estado catarinense no país.

— Nós temos aqui sete bens tombados em nível federal. Recentemente, tivemos entregas importantes, destacando o Museu Nacional da Imigração e Colonização, uma parceria do Iphan com a prefeitura. Um investimento de R$ 3,6 milhões do governo federal reabrindo o museu. Joinville acabou assumindo um protagonismo nesses últimos anos a respeito da própria política de patrimônio — explica Grass.

Veja fotos da passagem de Leandro Grass por Joinville:

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A reforma do museu tem o sentido de preservar a memória da cidade e tratar o patrimônio sensível. Segundo o presidente, é importante que as novas gerações entendam a imigração como um fenômeno e que os imigrantes são pessoas de direitos.

— Quando a gente fala de imigração, tem toda uma beleza da tradição, mas também tem uma sensibilidade humana, porque o processo migratório é sempre um processo difícil. Dificilmente uma pessoa migra por vontade própria. É geralmente por forças de guerra, de fome, de destruição. Então, a imigração carrega uma sensibilidade. Esse museu torna-se uma importante ferramenta de promoção dos direitos humanos — afirma.

Novas parcerias em tratativas com a cidade

Algumas iniciativas estão sendo realizadas entre o Iphan e a Prefeitura de Joinville, relacionadas aos bens tombados da região. Em sua passagem pela cidade, o Quênia Clube, entidade da sociedade civil que trabalha com a cultura de matriz africana, também foi visitado.

Conforme Leandro, o reconhecimento dos clubes negros do Brasil é debatido como patrimônio imaterial. Além da preservação do patrimônio, também é realizada a educação ambiental, utilizada como ferramenta de preservação.

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Aula na Univille reflete sobre a importância do patrimônio para o desenvolvimento do país

Ministrada por Leandro Grass, a aula magna trabalhou sobre a importância do patrimônio cultural para o desenvolvimento sustentável do Brasil.O evento na instituição de ensino começou às 19h30 no auditório da reitoria e concluiu a agenda do presidente em Joinville.

— Para nós é importante ter esse tipo de evento para poder apresentar o Instituto e trazer a comunidade para o processo de preservação. Quando a gente trata de preservação de patrimônio, existe um elemento fundamental que é a criação do afeto. É nesse processo formativo da nossa juventude que isso está florescendo — acrescenta o presidente.

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