O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, defendeu a decisão tomada de solicitar o empréstimo de 100 bilhões de euros à Europa para sanear o sistema bancário espanhol. Ele disse que, sem as reformas, haveria o risco de uma “intervenção europeia” na Espanha.
Continua depois da publicidade
– Ninguém me pressionou, eu que pressionei para obter uma linha de crédito para resolver um problema que existe nos bancos – destacou Rajoy, em entrevista coletiva no Palácio de Moncloa, depois do anúncio de que seu governo recorrerá à Comunidade Europeia na busca de ajuda ao sistema financeiro.
O chefe do Executivo não só negou que tivesse recebido pressões de Bruxelas e da Alemanha para que solicitasse um empréstimo mas também tratou a ajuda (dos países europeus) como uma decisão soberana que tinha resistência das autoridades europeias.
– Caso não fosse feito isso, haveria uma intervenção no reino da Espanha – disse Rajoy.
O governo espanhol anunciou que solicitava um empréstimo para recapitalizar o sistema bancário, desde que o custo desse empréstimo não implicasse novos sacrifícios para a sociedade espanhola como exigia Bruxelas.
Continua depois da publicidade
A decisão, que faz da Espanha o quarto sócio europeu a ser ajudado depois de Grécia, Irlanda e Portugal, foi oficializada pelo ministro da Economia, Luis de Guindos, por meio de uma videoconferência com as autoridades da Comunidade Europeia.