O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci-SC), Carlos Beims, está otimista com a atividade de locação na Grande Florianópolis. Segundo ele, houve crescimento acima de 50% na oferta de imóveis na região nos últimos anos, o que o leva a acreditar que o setor manterá o crescimento. Porém, alguns obstáculos precisam ser vencidos, como restringir o trabalho de profissionais não-credenciados na região. Confira a entrevista concedida por Beims ao Pense Imóveis:
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Diário Catarinense – Em Florianópolis, dados da Rede Avançada de Locação (Ral) indicam que a oferta de imóveis para locação aumentou 50% nos últimos três anos e a perspectiva é de crescimento superior a 20% nos próximos dois anos. Qual é a sua avaliação para este ano?
Carlos Beims – Não podemos dar os percentuais, mas concordamos que, nos últimos três anos, houve um crescimento muito perto desses números. Para os próximos dois anos, a perspectiva é de que o crescimento ultrapasse os 20%. Trabalhamos para que seja maior, até porque a procura, em geral, de investidores que compram imóveis para alugar aumenta até mais do que isso a cada ano.
DC – Que fatores influenciam nesta perspectiva?
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Beims – O número de ofertas na Grande Florianópolis é grande, mas existem muitas obras em andamento, muitos prédios em construção, muitas regiões se desenvolvendo e abrindo oportunidades de negócios. A tendência é sempre haver crescimento. Um dos fatores que influencia essa expansão aqui na Grande Florianópolis é a mobilidade urbana. Hoje as pessoas procuram lugares e espaços que facilitem a relação da sua vida com o trabalho e as escolas dos filhos. A construção civil está de olho nisso e cresce em regiões que até pouco tempo não havia perspectivas.
DC – O preço do aluguel deve sofrer grandes modificações neste ano?
Beims – O valor permanecerá estável na área central de Florianópolis. A valorização se dará nas regiões em franco crescimento, em algumas áreas de Palhoça e de São José.
DC – Quais são os bairros mais valorizados na Grande Florianópolis?
Beims – O Centro de Florianópolis, próximo à Beira-Mar; Jurerê Internacional; Campeche – que também teve um avanço muito grande nas construções -; Lagoa da Conceição e arredores. Nos últimos anos, houve crescimento também nos bairros Coqueiros, pela via gastronômica; Estreito, pela inauguração da Beira-Mar Continental; e Trindade, Santa Mônica e Itacorubi, que ficam pertos de universidades e centros tecnológicos.
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DC – Os profissionais que atuam no setor imobiliário da Grande Florianópolis estão preparados?
Beims – Há mais inscrições no Creci-SC de gestores imobiliários. Os técnicos ainda são maioria, mas esse perfil está mudando. Cursos superiores, de um modo geral, preparam de forma mais abrangente o profissional. Por isso, planejamos fazer este ano cursos e palestras sobre temas em discussão no mercado.
DC – Quais são os grandes obstáculos enfrentados pelo setor?
Beims – Um dos maiores é o exercício ilegal da profissão. Elaboramos uma campanha de conscientização alertando a sociedade sobre os cuidados na hora de realizar transações imobiliárias. Precisamos desse controle para sabermos quem atua legalmente no mercado.
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