“Quando pensamos em “saúde” temos que considerar a complexidade do ser humano e a integralidade dos sistemas do organismo. Nosso corpo interage com o meio e reage a fatores os mais variados: sentimentos, temperatura, estado psíquico, locais, ambientes, equilíbrio financeiro e social, entre outros. Portanto, um diagnóstico exige do profissional todos os conhecimentos de sua área de atuação. Mas não apenas isso. Ele exige também interesse: a fraternidade humana para ouvir, sentir e buscar responder às ansiedades do indivíduo/paciente.
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A divisão didática por áreas de conhecimento perde-se quando estamos frente a frente com nossos pacientes. Cada paciente é um indivíduo único – e deve ser observado em seu todo. Olhar problemas pontuais leva a planejamentos e tratamentos deficientes. Muitas patologias, tanto as mais comuns quanto as mais severas, como o câncer bucal, podem ser descobertas em um exame de rotina. Ouvir o paciente, conduzir uma anamnese apurada, relacionar os dados, buscar exames laboratoriais ou de qualquer meio científico que ajude a conduzir o diagnóstico é imprescindível para alcançarmos o diagnóstico e o plano de tratamento adequados.
Muitas vezes a definição de um diagnóstico adequado leva mais de uma sessão. Também é fato que rotineiramente o plano de tratamento é dividido em fases, medida necessária para a reabilitação parcial ou total do paciente. Muitas pessoas têm a tendência de se automedicar ou de definir seu plano de tratamento. Agindo dessa forma, incorrem em um enorme erro e abrem a possibilidade de danos graves à própria saúde. Durante a “consulta” é que se define a qualidade profissional. Esta é a maior prova de sabedoria do profissional e deve ser devidamente indenizada.“