O referendo sobre um possível Brexit é um “sinal de alerta” que seria “insensato” para a União Europeia (UE) ignorá-lo, declarou nesta segunda-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

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“Seria insensato para nós ignorar um sinal de alarme como o referendo britânico”, disse ele em Lisboa.

“Independentemente do resultado, temos de lançar um olhar mais profundo para o futuro da União”, afirmou após uma reunião com o primeiro-ministro português, Antonio Costa.

“Eu não tenho nenhuma dúvida de que nossos inimigos, internos e externos, abrirão uma garrafa de champanhe, se o referendo for negativo para nós”, acrescentou Tusk.

“Meu maior medo é que um eventual resultado negativo possa incentivar outros eurocéticos na Europa”, ressaltou.

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“Há sinais crescentes de descontentamento com a UE que chegam de toda a Europa, e não apenas do Reino Unido”, avisou Donald Tusk.

Três dias antes do referendo histórico sobre o Brexit, as últimas pesquisas sugerem uma mudança a favor da manutenção do Reino Unido na União Europeia, na sequência do assassinato na quinta-feira deputada pró-UE Jo Cox.

A primeira pesquisa realizada após a tragédia realizada pelo instituto Survation aponta a permanência na União Europeia com 45% das intenções de voto, à frente de uma saída da UE com 42%, enquanto a sua pesquisa anterior apontava o oposto.

“Eu gostaria de apelar aos cidadãos britânicos, em nome de quase todos os líderes europeus: permaneçam com a gente, nós precisamos de vocês”, afirmou Tusk, alertando contra as consequências “completamente imprevisíveis” de um Brexit.

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* AFP