A campanha do Camboriú na Divisão Principal do Campeonato Catarinense não foi o que a diretoria esperava. O rebaixamento com duas rodadas de antecedência foi um duro golpe nas pretensões do clube de firmar ainda mais a marca no cenário do futebol estadual e nacional.

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Neste domingo, o time faz o último jogo do estadual contra o Avaí, em Florianópolis e, por causa das três expulsões na rodada passada, apenas 16 jogadores irão para a Ressacada, sendo que pelo menos quatro meninos da base devem começar jogando.

Enquanto isso, a diretoria já começa a planejar o futuro do time. O presidente José Henrique Coppi disse que pretende, sim, disputar a Copa Santa Catarina, no fim do ano, e planeja conquistar o acesso à primeira divisão já em 2014.

Em um bate-papo com a reportagem de O Sol Diário, ele fez um balanço da temporada. Confira os principais trechos da conversa.

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Divisão Especial

“Não foi da forma que planejamos. Nosso objetivo era permanecer na primeira divisão, mas não conseguimos. O lado bom é que conseguimos fortalecer ainda mais a marca Camboriú no cenário nacional. Comparado com quatro anos atrás, por exemplo, tivemos mais facilidade em buscar investimento e jogadores. A mudança de nome (antes o time se chamava Camboriuense) foi uma boa sacada e conseguimos buscar apoio também em Balneário Camboriú. Hoje, diria até que nossa torcida se divide em 50% daqui de Camboriú e 50% de Balneário.”

Orçamento + baladeiros

“Poderíamos ter planejado melhor o nosso orçamento. Nós demoramos para definir o quanto gastaríamos neste ano e isso prejudicou porque tivemos que arrumar o time com o campeonato em andamento. E nas três rodadas iniciais perdemos cinco pontos para adversários diretos (Juventus e Guarani), e não conseguimos recuperá-los depois. Além disso, sofremos com muitas lesões e falta de comprometimento de jogadores. Foram pelo menos 15 atletas dispensados por problemas disciplinares, o que nos gerou um custo de R$ 100 mil a R$ 150 mil. Para um clube com folha salarial de R$ 70 mil (mais R$ 16 mil da comissão técnica), isso faz muita diferença.”

Arbitragem

“Chegou a um ponto que a gente estava sendo tão cobrado pelo torcedor que tivemos de soltar a nota (texto publicado no site oficial do clube reclamando dos erros de arbitragem e pedindo para que o torcedor não fosse mais ao estádio). Teve o jogo da Chapecoense (onde o árbitro Jefferson Schmidt deu um pênalti a favor do Camboriú e voltou atrás ao ser alertado pelo assistente), que foi a gota d’água. Foi planejado soltar a nota naquele momento porque sabíamos que os jogos seguintes teriam menos público, então não tivemos prejuízo. Acho até que, depois disso, a arbitragem melhorou e não houve mais erros. A não ser contra o Ibirama (na rodada passada, quando o time teve três expulsões), mas a gente já estava fora.”

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Mudança de técnico

“A gente trouxe um técnico que conhecia o Campeonato Catarinense com jogadores que também conheciam ele. Só que o Suca não conseguiu unir o grupo. Havia um racha dentro do elenco e isso tornou a situação mais difícil. Então, fomos atrás do Claudemir Sturion, que trouxe alguns jogadores da confiança dele. Não dá para dizer que ele (Claudemir) teve o grupo 100% na mão, mas pelo menos foi diferente.”

Futuro

“Contratamos uma pessoa para buscar recursos e apoio para disputarmos a Copa Santa Catarina. Como queremos tornar a marca cada vez mais forte, não podemos deixar de disputar uma competição como essa. Vamos usar a copinha como laboratório para 2014, quando queremos conquistar o acesso. Enquanto isso, vamos reforçar também o trabalho de base e buscar uma comissão técnica que use mais nossos garotos no time principal.”