O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, observou um “alívio posterior das pressões em alta para a estabilidade de preços na zona do euro”. Na entrevista coletiva, após a reunião do Conselho de Governo do BCE, Trichet disse nesta quinta que foi discutida uma redução de 0,5 e 0,75 ponto percentual, e que finalmente foi decidido por unanimidade um corte da taxa básica de juros em 0,5 ponto.
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Trichet destacou que a notável redução das pressões inflacionárias permitiu ao BCE diminuir a taxa de juros duas vezes em um mês, após a redução coordenada, também de 0,5 ponto, com outros bancos centrais líderes, em 8 de outubro. Então, o BCE reduziu os juros em 0,5 ponto percentual, em uma ação conjunta com o Federal Reserve (Fed, banco central americano), o Banco da Inglaterra e os bancos centrais da Suíça, Suécia e Canadá.
O presidente do BCE disse que “não pode descartar mais reduções da taxa de juros, porque a crise financeira global pode levar a uma depressão econômica generalizada”.
– O nível de incerteza pelos movimentos dos mercados financeiros continua sendo extremamente elevado e traz desafios excepcionais – disse Trichet.
Acrescentou que “esperamos que o setor bancário contribua para restaurar a confiança”. O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (banco central) surpreendeu os mercados financeiros com uma redução da taxa de juros no Reino Unido de 1,5 ponto percentual, para 3%, muito mais do que os especialistas previam. No entanto, o banco europeu não trouxe surpresas e reduziu os juros de acordo com o previsto.
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