O Estádio do Avaí pode ser penhorado se o clube não acertar uma dívida trabalhista de R$ 6 milhões. A informação partiu da Justiça do Trabalho na tarde desta terça-feira. São 77 ações trabalhistas contra o Leão, a maioria movida por ex-jogadores e integrantes da comissão técnica.

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Em entrevista por telefone, o presidente do Avaí tratou de acalmar os ânimos da torcida. Confira:

Hora – É uma decisão judicial? O Avaí vai ficar sem estádio?

Nilton Macedo Machado – Jamais, nós não vamos permitir isso. Foi uma proposta nossa de conciliar e reunir todos esses credores. Em março eu já tinha avisado que nós faríamos isso. O terreno entra como garantia, como quando você faz um financiamento. Mas nós vamos pagar a dívida parcelada, inclusive já começamos a pagar as parcelas.

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Hora – O Avaí já tem problemas com pagamentos de salários. De onde vai sair o dinheiro para pagar essas parcelas?

Machado – Temos as nossas fontes de arrecadação: patricinadores, CBF, cota de TV, sócios, algum jogador que pode ser negociado. Vai entrar neste bolo e vamos pagar.

Hora – É compromisso seu pagar esta dívida assim como pagar os salários em dia?

Machado – Com toda certeza, são dois compromissos fundamentais. E também pagar parcelado o que ficou atrasado do ano passado.

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Hora – Porque o Avaí chegou nesta situação? Não é vergonhosa? Os seus antecessores não se deram conta?

Machado – Não vou avaliar gestões anteriores. O fato é que houve muitas dispensas, a famosa barca, e aí tem jogador que não fica até o fim do contrato e aciona o clube. Você pode observar: no final do ano passado, não teve barca no Avaí e foi orientação minha para não aumentar a dívida. Só saiu quem não interessava estava com o contrato terminando.