A derrota para o CRB, sábado, em Maceió (AL), por 2 a 0, deixou o torcedor do Avaí angustiado. Afinal, com esse desempenho, dificilmente o Leão conseguirá subir na tabela e brigar pelo acesso à elite. Com 14 pontos e estacionado na 10ª colocação, o time do técnico Hemerson Maria tem sido presa fácil. Para reagir, o clube articula contratações. Marquinhos e William, ídolos da torcida azurra, são os preferidos, mas as negociações são complicadas, especialmente pela questão financeira. O Diário Catarinense conversou ontem com o presidente do clube, João Nilson Zunino, que garantiu: novidades estão por vir.
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Diário Catarinense – Após a derrota para o CRB, sábado, ficou mais evidente a necessidade de reforçar o grupo do Avaí para a sequência do campeonato. O senhor também entende que existe esta necessidade?
João Nilson Zunino – Sim, sem dúvida. Nós precisamos reforçar o time e estamos trabalhando forte para trazer jogadores que qualidade. Eu, o Marcelinho (Paulista, gerente de Futebol), o Ênio (Gomes, diretor de Planejamento) e outros colaboradores temos feito todos os esforços para que isso aconteça. O que nós não queremos é trazer qualquer um. Gostaria de dizer para o torcedor que estamos fechados com o William (atacante do Atlético-GO), com o Marquinhos (meia do Grêmio), mas isso depende de outros fatores. É um negócio complexo.
DC – O que falta para o senhor anunciar a volta do Marquinhos e do William?
Zunino – O Marquinhos e o William são dois grandes jogadores, que têm uma história dentro do clube, mas eu não posso criar falsas expectativas. Gostaria muito de poder confirmar, mas não posso. Existe a questão financeira. Eu sei que da parte deles não haveriam maiores problemas, mas tem que conversar com os clubes deles e saber das condições. Sabíamos, desde o início da Série B, que precisaríamos de três ou quatro jogadores para reforçar o elenco e é o que estamos tentando.
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DC – Nesta terça-feira, o Avaí assina um novo contrato de patrocínio com a Caixa Federal. Esta parceria e os recursos provenientes dela ajudarão a qualificar o time?
Zunino – Uma coisa independe da outra. É claro que o patrocínio vai ajudar, mas não é só ele que vai resolver todos os nossos problemas. Queremos, sim, trazer reforços, mas, às vezes, não basta ter apenas recursos. Estivemos muito perto de um acerto com o Ariel (atacante da LDU, do Equador, que defendeu o Coritiba entre 2008 e 2010). Entre o Avaí e a LDU ficou tudo certo, só que o Ariel não quis disputar a Série B. Isso também precisa ser levado em conta. Tem que ver a vontade do atleta. Estamos mantendo contato com alguns jogadores e espero, em breve, anunciar alguma contratação.
DC – O senhor está preocupado com os altos e baixos do time?
Zunino – Sim, estou preocupado. A gente não pode jogar um segundo tempo da forma como jogamos contra o CRB, sábado. O time foi muito mal e acabou derrotado. Vamos ter de buscar esses pontos em alguma outra partida fora de casa e fazer a nossa parte em casa, terça (amanhã), diante do Atlético-PR. O jeito é correr atrás e tirar a diferença. Os quatro times que estão na parte de cima da tabela começaram a pegar distância em termos de pontos e isso é perigoso.
DC – O Hemerson Maria pode ser dispensado em caso de um novo tropeço em casa?
Zunino – De forma alguma. O Hemerson tem a nossa confiança e vem fazendo um bom trabalho no Avaí. Mas é claro que se o time perder muitos jogos seguidos, a opinião pode mudar. Não é o caso neste momento. A equipe só perdeu para o Joinville, em casa, nesta Série B, uma situação normal por se tratar de um clássico. O problema do Avaí, neste momento, não é treinador. Temos conversado bastante com a comissão técnica e todos concordam que existe a necessidade de se trazer reforços.
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