O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que nesta segunda-feira, dia 20, volta a se reunir com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para discutir a crise econômica global.

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Em discurso realizado durante um comício eleitoral em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), ele falou que novas medidas podem ser tomadas para garantir o crédito no país, porém voltou a descartar a edição de um pacote para proteger a economia.

– Não vamos anunciar um pacote porque toda vez que se anunciou um pacote neste país o povo é quem ficou com o prejuízo. Vamos anunciar medidas pontuais. Dor de barriga? É remédio para dor de barriga. Calo no pé? É remédio para calo no pé – afirmou Lula.

O presidente ainda afirmou que nenhuma mudança brusca nos rumos da economia nacional é necessária, pois o Brasil fez sua lição de casa e está preparado para enfrentar uma possível recessão mundial.

– Até agora o nosso país não quebrou e não vai quebrar. Quando todo mundo queria que gastássemos, nós guardamos dinheiro. É por isso que temos U$ 207 bilhões em reservas; é por isso que temos dinheiro para garantir o crédito.

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Segundo Lula, mesmo com todas as incertezas do mercado internacional, a economia do Brasil continuará registrando números positivos. Ele disse que espera que, só em 2008, por exemplo, sejam criados 2,2 milhões de empregos formais no país.

O presidente ressaltou, entretanto, que para alcançar esses resultados é preciso que o mercado interno continue aquecido. Por isso, o presidente fez um apelo à população:

– Continuem comprando as coisas que precisam – pediu ele. E ressaltou:

– Este negócio de crise é assim: fala-se uma vez, duas, três e vão criando um certo medo na sociedade; depois um pânico; e depois as pessoas param de comprar. Mas eu duvido que alguém tenha sentido essa crise na empresa que trabalha.

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