O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, chegou neste domingo ao Chile para o início de uma visita que prosseguirá pelo Peru e Equador, em uma tentativa de dinamizar as relações comerciais e estnder sua influência além do Oriente Médio.

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O presidente foi recebido no aeroporto pelo chanceler chileno Heraldo Muñoz, que destacou aos jornalistas “os vínculos muito fortes no âmbito político, econômico e cultural entre os dois povos”.

Erdogan se reunirá na segunda com a presidente Michelle Bachelet e empresários.

Esta viagem “demonstra a importância que damos aos países da América Latina”, explicou um comunicado da presidência turca.

As viagens ao Peru e Equador são as primeiras realizadas por um presidente turco a esses países, enquanto o último chefe de Estado da Turquia que visitou o Chile foi Süleyman Demirel em 1995.

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E, na América Latina, Erdogan visitou em fevereiro de 2015 Cuba, Colômbia e México.

Além das questões regionais e internacionais, o chefe de Estado da Turquia vai participar de fóruns empresariais para aumentar os laços econômicos.

A Turquia quer diversificar suas relações econômicas para além do Médio Oriente e os Bálcãs, regiões históricas ligadas ao Império Otomano, de acordo com analistas.

“A visita faz parte da ambição a longo prazo da Turquia de expandir sua presença na América Latina, tanto para aumentar a sua influência a nível global quanto para encontrar novos parceiros”, explicou Aaron Stein, um especialista do centro americano Atlantic Council.

As relações turcas com a Rússia, os Estados Unidos e a União Europeia têm sofrido fortes oscilações no último ano.

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Moscou impôs sanções comerciais por causa da derrubada de um caça russo, em novembro, na fronteira com a Síria.

A política externa turca também aponta para a África, continente que Erdogan visitou em várias ocasiões nos últimos anos.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, ex-chanceler, é considerado o arquiteto dessa política.

Alguns críticos têm descrito a estratégia como “neo-otomana” e distante dos eixos tradicionais de interesse da Aliança Atlântica.

Mas, segundo o assessor presidencial turco Ibrahim Kalin, esse ponto de vista apenas demonstra que os críticas seguem vendo o mundo “de acordo com um sistema eurocêntrico”.

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Como sinal de sua crescente projeção no cenário internacional, as novelas turcas estão fazendo cada vez mais sucesso em alguns países latino-americanos.

* AFP