A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, defendeu na noite desta sexta-feira, no Rio, que o governo federal, sócio controlador da petroleira estatal, aumente o preço dos combustíveis. Ela recusou-se a estipular uma data para o reajuste.

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– O (barril do tipo) Brent desceu um pouco. O dólar, que vinha R$ 1,6, R$ 1,65, está estável em torno de R$ 2. É necessário, sim, que haja reajuste de combustíveis -respondeu a dirigente, em entrevista após participar do Fórum de Desenvolvimento Corporativo, evento relacionado à conferência Rio+20. Questionada sobre quando o reajuste virá, respondeu duas vezes, de forma direta:

– Eu não tenho data.

Mas falou que a questão do reajuste dos preços dos combustíveis foi discutida na quinta-feira, em Brasília, na reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que aprovou o Plano de Investimentos 2012-2016. Ela não revelou detalhes da discussão acerca do tema.

– Todas as semanas, todos os meses, nós trabalhamos com o Conselho de Administração, a nossa caixa, a nossa capacidade de investimento – afirmou.

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De acordo com Graça Foster, os investimentos para este ano detalhados no Plano de Negócios não serão afetados caso o aumento dos preços não venha neste ano. A presidente da petroleira falou ainda que a queda do preço do Brent acabou sendo de pouca valia em razão da desvalorização do real frente ao dólar.

– Este ano tivemos uma suave queda do Brent, com relevante subida do dólar aos patamares de R$ 2. Uma depreciação do real. Nós continuamos com uma defasagem de preço. Mesmo quando o Brent estava US$ 125 e o dólar R$ 1,65, R$ 1,70. A defasagem continua muito próxima – acrescentou a executiva.