O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina (OAB-SC), Paulo Brincas, lamentou a morte do seu amigo pessoal e reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier. Ele mostrou preocupação com a quantidade recente de prisões provisórias, questionando se elas não estão prejudicando o princípio de inocência do acusado.

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Segundo o presidente da OAB-SC, as pessoas que são presas provisoriamente, como foi o caso de Cancellier, não têm nem a oportunidade de apresentar sua defesa antes de irem para a prisão. “Será que não estamos facilitando ou flexibilizando demais o princípio da preservação da inocência? Os acusados, que nem são réus, sequer foram ouvidos, e há um julgamento público quando a prisão acontece. Nessa situação, para quem é inocente é muito difícil lidar com essa exposição pública, isso pode destruir a carreira de alguém”, avaliou.

Brincas disse estar abalado com a morte do reitor, que era uma pessoa muito conhecida no meio jurídico. “Um dos sentimentos mais poderosos que alguém pode ter é o de injustiça, e isso pode ter levado a essa atitude extrema”, comentou.

Ouça a entrevista do presidente da OAB-SC, Paulo Brincas:

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