“A pesquisa Competitividade Brasil 2013, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou que, na comparação com outros 14 países, selecionados de acordo com as características econômico-sociais e/ou com a participação no mercado, a produtividade do trabalho no Brasil só é superior à da China e da Índia. Estamos atrás da África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, México, Polônia, Rússia e Turquia. Felizmente, o Brasil finalmente acordou para a existência de uma forte relação entre o nível de escolaridade, a produtividade e a renda de um país.
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Se há uma unanimidade nacional, que coloca no mesmo barco governo e sociedade, partidos da base e de oposição, essa unanimidade passou a ser a causa da educação. Nem sempre foi assim. Ainda que sempre fosse importante, a educação não era prioritária nem programa de Estado, quando muito programa de um ou outro governo e, muitas vezes, mais problema do que programa.
É surpreendente o fato de que os governos continuem tributando ferozmente o material escolar. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, os impostos podem representar quase a metade do valor do seu preço. Uma caneta, por exemplo, é onerada em mais de 47%, a régua em 45%, a borracha em 43%, e o lápis em 35%. Dá para acreditar? Pouco mais da metade vai para os cofres do governo federal e o restante fica para os Estados.
Muitas ações ainda são necessárias para que a prioridade conferida à educação finalmente chegue ao mundo real. Desonerar de tributos federais e estaduais os materiais escolares essenciais para um bom aprendizado certamente é uma delas. Enquanto isso não acontece, o “leão” come no almoço as boas intenções do governo e ainda avança no salário dos pais de família, que chegam a dormir em manilhas e ao relento para assegurar vagas para seus filhos em escolas públicas. “
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