O setor de alimentos é o segundo maior empregador da indústria catarinense, gerando mais de cem mil postos diretos. Somos uma potência no agronegócio e modelo para o país. Mas apesar de conquistas antigas e mais recentes, como a abertura do mercado japonês para a carne suína, há grandes desafios. A maior parte da expansão do setor é realizada fora do Estado, que perdeu a liderança em produção e exportação de frangos para o Paraná. SC ainda lidera em carne suína.

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A produção local depende de insumos (milho e farelo de soja) que vêm de caminhão do Centro-Oeste. Os fretes chegam a custar tanto quanto o produto transportado, tirando competitividade do Estado. O escoamento de produtos acabados também é problemático, devido à grande distância dos centros consumidores e portos. A solução passa por ferrovias ligando o Centro-Oeste do Brasil ao Oeste catarinense e essa região ao litoral, mas isso vai demorar.

São necessárias ações imediatas. Há anos várias regiões do país são contempladas com leilões de grãos do governo federal em condições favoráveis, mas Santa Catarina foi incluída apenas em dois desses leilões recentemente. É muito pouco. Também é preciso incentivar e facilitar a instalação de sistemas de armazenagem. Ao invés de onerar a indústria com obrigações crescentes, é importante apoiar a ampliação e modernização dos produtores.

A agroindústria é um patrimônio de SC, que possui vantagens competitivas únicas, como é o caso do melhor status sanitário do país, tecnologia de ponta e cultura produtiva no meio rural. É preciso acabar urgentemente com os entraves oriundos de inúmeras instâncias públicas e propiciar ambiente mais favorável a essa importante atividade produtiva, para que continue gerando emprego e renda.”

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