As mensagens de Blackerry enviadas pelo presidente da Fiat na América Latina, Cledorvino Belini, chegarão a mais pessoas. Com a posse do executivo à frente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) hoje, os e-mails seguirão para os integrantes da entidade.
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Rápido no celular, os companheiros de Belini estão acostumados à comunicação pelo smartphone, que substituiu os tradicionais torpedos, ainda em uso como alternativa. Meios que ajudam o contato no país e na ponte aérea com Itália, EUA e Argentina. O executivo assume a Anfavea para a gestão 2010-2013 em substituição ao gaúcho Jackson Schneider.
Com agenda apertada, o paulistano Belini, que completa 61 anos na segunda-feira, aproveita os deslocamentos para ler relatórios, jornais, revistas e publicações sobre novas tecnologias, gestão avançada e sustentabilidade.
Também encontra tempo para a esteira na academia ou nos fins de semana, quando ainda acompanha a restauração de carros antigos – como uma Fiat Balila 1936. Conhecido pela tranquilidade com que enfrenta as dificuldades, solidário nas situações mais difíceis, integra como voluntário a ONG Minas pela Paz.
Executivo foi jogador de futebol na juventude
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Primeiro brasileiro a comandar a Fiat América Latina (formada por 19 empresas apenas no Brasil) e integrar o conselho mundial do grupo, Belini entrou no conglomerado italiano em 1973 pela então divisão de tratores, atual Fiat Allis. Em 1987, assumiu a direção de compras da Fiat Automóveis e implantou o processo de mineirização dos fornecedores. Nove anos depois, foi para a Magneti Marelli, trabalhou na Itália, retornando em 2004 com a missão tirar a Fiat de constantes prejuízos. Atingiu o objetivo e conquistou a liderança de vendas no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves nos últimos sete anos.
Ex-jogador de futebol na juventude, torce para os clubes que a Fiat já patrocinou, em especial o Palmeiras, em São Paulo, e o Atlético, em Minas Gerais. Na Itália, a Juventus.
Casado, duas filhas, Belini, prefere nas cozinhas mineira e italiana os pratos light e o vinho – moderadamente. Na música, aprecia piano, principalmente de Richard Clayderman. Assiste a programas e canais jornalísticos e documentários na televisão. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, tem pós-graduado com mestrado na USP na área de Finanças e MBA pelo Insead/FDC.