O Conselho Superior de Esportes (CSD) suspendeu por 1 ano o ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Ángel Villar, que está em prisão preventiva por suposto uso da seleção espanhola para enriquecer, segundo um porta-voz à AFP, nesta terça-feira.
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A suspensão foi decidida em reunião da comissão diretiva do CSD em Madri, um dia depois do Tribunal Administrativo do Esporte da Espanha (TAD) abrir expediente disciplinar contra Villar, comandante da RFEF desde 1988.
O porta-voz da CSD indicou que a decisão é cabível de recurso.
O substituto vai ser conhecido nesta quarta, quando a RFEF se reune em assembleia geral.
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Villar, foi detido no último dia 18 para ser interrogado sobre suspeitas de administração desleal, apropriação indébita e falsidade documental em sua gestão. O filho Gorka, ex-diretor da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), também foi detido.
Outras pessoas foram detidas na operação, como o vice-presidente econômico da RFEF, Juan Padrón, e o secretário da federação de Tenerife, Ramón Hernández Boussou.
No caso de Padrón, o CSD pediu que a Federação esclareça “se pertence a algum órgão de governo e controle”. Sendo assim, também ficará um ano inabilitado das funções.
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Seu caso estava em aberto, porque quando Villar foi reeleito para o oitavo mandato, em maio, apenas ele se candidatou ao cargo. A assembleia geral que vai nomear os demais dirigentes foi adiada, por conta da detenção do mandatário.
Segundo a justiça espanhola, Villar criou uma rede clientelar e utilizou os jogos da seleção da Espanha para tirar proveito com a empresa do filho Gorka.
Villar também teria usado a RFEF para conceder benefícios aos presidentes das federações regionais em troca de apoio, segundo o juiz Santiago Pedraz, da Audiência Nacional espanhola.
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* AFP