O presidente da Federação Catarinense de Municípios (FECAM) e prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, fez duras críticas ao que a Defesa Civil e o Governo do Estado propuseram, em reunião com os municípios nesta sexta-feira, dia 3, após os estragos causados pelo ciclone bomba. Em entrevista ao Notícia na Manhã, Severgnini comentou que a preocupação com o prejuízo agrícola deixou o dirigente pasmo.

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– Eles não estão preocupados com o cidadão, hoje estava 0ºC, e está com a casa coberta por lona e amanhã já tem previsão de chuva. A nossa Defesa Civil está esfacelada e não tem menor condição de dar qualquer diagnóstico preciso e imediato para que o Governo Federal pra que traga recurso para Santa Catarina e seja distribuído – disse o prefeito de Major Vieira. 

Outra preucupação levantada pelo presidente da FECAM é o tempo para que os recursos federais cheguem no Estado.

– Não virá dinheiro para Santa Catarina antes de quatro, cinco meses. É mais uma situação que vai cair no colo dos gestores e do povo catarinense. Nós vamos ter que nos virar sozinhos pelo que senti na reunião, a não ser que o presidente traga uma decisão amanhã: "o recurso está aqui e depois nós vamos ver o que vai acontecer com o Tribunal de Contas da União" – disparou Severgnini.

Outro ponto levantado por Orildo Severgnini foi a logística para que as cidades possam recuperar os estragos, já que os recursos não iriam diretamente para as prefeituras.

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– Libera o recurso para o município, o município precisa passar "eu preciso de 10 a 15 mil eternits", compra aqui na região, movimenta o comércio da região, mas não. Nós temos que determinar um caminhão daqui e ir a Florianópolis buscar, olha o custo disso na logística. Há um despreparo total num estado sempre de ano em ano tem aconrtecido uma tragédia nesse sentido.

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Ouça a entrevista completa

Contraponto

A assessoria de comunicação da Defesa Civil de SC enviou um áudio do secretário João Batista Cordeiro Júnior comentando as declarações. Ele cobra o envio de informações dos municípios, fala do fundo estadual e também da doação de R$ 30 milhões da Alesc.

— Nós estamos pedindo como prioridade a assistência humanitária. Principalmente a questão das telhas. É importante que os municípios repassem essas informações. A Defesa Civil tem seu fundo estadual há 10 anos justamente para essas situações — explicou.

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