“Após um ano fraco para o comércio, muitos lojistas devem estar se perguntando: o que esperar de 2014? Infelizmente a resposta é simples e direta: deve ser um ano muito similar a 2013. Apesar das perspectivas positivas geradas pela Copa, os ganhos com o evento em Santa Catarina deverão ser modestos. O Estado não sediará nenhum jogo e o que poderá receber são visitantes vindos das cidades-sedes.
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A análise parece pessimista, mas é baseada no que aconteceu no ano passado. Começamos o período com otimismo elevado e fomos surpreendidos pela alta da inflação, dos juros, a revisão dos índices do crescimento do PIB e os sobressaltos da economia. O consumidor ficou mais cauteloso para evitar o endividamento. A maioria priorizou o pagamento de dívidas e evitou parcelas longas.
A precaução deve ser mantida. Se em 2013 o crescimento do comércio catarinense frustrou a projeção de 4% e ficou abaixo dos 2%, o horizonte do ano iniciante não tem previsões de melhora a curto prazo. A semelhança com o passado recente deve-se à histórica falta de investimentos em infraestrutura.
A economia estagnou, o governo federal não promoveu reformas nem ouviu o clamor popular em defesa da melhoria dos serviços públicos. Continuamos com uma máquina administrativa pesada, ineficaz e que desperdiça muito. Faltaram medidas para aumentar a competitividade. Por sorte, também teremos eleições, que devem acelerar grandes investimentos do poder público e influenciar positivamente a economia. O que se espera é que a inflação seja contida e os consumidores voltem a confiar no país.
Ao contrário de 2013, ano iniciado em ritmo acelerado e com expectativas de um desfecho favorável, desejamos que a calma inicial no comércio ganhe fôlego com o tempo.“
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