Os integrantes da CPI do Cachoeira aprovaram, na tarde desta quinta-feira, a convocação de 51 pessoas para depor em sessões secretas em meio às investigações referentes ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. Além disso, outras 36 pessoas físicas e jurídicas devem ter os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados.
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No entanto, os governadores Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF) ficaram de fora da lista para prestar esclarecimentos à comissão. O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), negou qualquer tipo de “blindagem” dos mandatários estaduais.
Segundo ele, a pauta da reunião desta quinta-feira previa apenas a quebra de sigilo. Por outro lado, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), pede a convocação dos governadores:
– O que nós temos colocado, sempre com muita clareza, é que os três governadores devem vir. O Marconi Perillo já se dispôs a vir. Quem apresentou requerimento de convocação do Marconi Perillo foi o PSDB. Nós estamos aguardando a aprovação dos requerimentos para que os três governadores possam vir depor na CPI – disse o senador após a reunião.
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A Delta Construções, empresa suspeita de manter conexões com Cachoeira, teve confirmada a quebra de sigilo apenas nas unidade do Centro-Oeste, o que gerou críticas de parlamentares.
– Não tem como tirar desse processo de investigação a Delta no todo. Essa investigação vai ficar pela metade, vai ser seletiva se não quebrar o sigilo fiscal, o sigilo bancário e todos os sigilos da Delta Brasil e em especial da Delta Centro-Oeste – afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Por sua vez, Vital do Rêgo defendeu que as outras filiais da construtora podem entrar na investigação à medida que os trabalhos avancem:
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– O início da investigação, pelo plano de trabalho que foi formulado, é a Delta Centro-Oeste. A Delta Sudeste, a Delta Norte, a Delta Sul ou qualquer outra vai entrar de acordo com o aprofundamento das investigações a depender de uma decisão colegiada – declarou.