Após a vitória de virada por 2 a 1 sobre o Zulia, o presidente da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, acompanhado da diretoria, concedeu uma entrevista coletiva sobre o caso Luiz Otávio. Ele admitiu que o clube também errou, pois posteriormente ao jogo foi encontrado um e-mail comunicando a punição do zagueiro, mas apontou falhas da Conmebol na comunicação das punições e também pressão do Lanús. Ele afirmou que antes do jogo na Argentina um diretor do Lanús foi duas vezes no vestiário da arbitragem.
Continua depois da publicidade
Leia também
Conmebol tira três pontos da Chapecoense e clube promete recorrer da decisão
O presidente afirmou que em Medellín, no dia 10, antes do jogo contra o Atlético Nacional, pela Recopa, o clube recebeu um e-mail da Conmebol sem assinatura nenhuma. O diretor executivo Rui Costa acionou o advogado Marcelo Amoretty para que observasse os detalhes daquele e-mail. Constatou-se que não continha assinatura e nem destinatário correto. Às 15h, o clube entrou em contato com a entidade para tentar entender esse e-mail. Às 17h, horário da Colômbia, a Conmebol informou que Rossi e Luiz Otávio estavam fora da partida, pela expulsão contra o Lanús.
Continua depois da publicidade
– A partir desse momento, com o time já concentrado e armado com Luiz Otávio e Rossi, mudamos a equipe. Não é preciso dizer tivemos uma perda significativa eram jogadores de importância vital. Perdemos o jogo. Foi dito claramente, pessoalmente de que os meninos que haviam cumprido a pena poderiam jogar tranquilos na continuidade da Libertadores – afirmou Plínio De Nes.
Na Argentina, segundo relato do presidente, o delegado da Conmebol chegou ao vestiário do clube, registrou a súmula com Luiz Otávio e Rossi. O presidente afirmou que o grupo estava na reza antes do jogo quando foi chamado pelo diretor-executivo Rui Costa, em virtude de que havia uma informação de Luiz Otávio não poderia jogar.
Plínio De Nes afirmou que enquanto o time entrava em campo recebeu no seu celular, dois minutos antes do jogo, a informação da suspensão. Ele acredita que a Conmebol, numa atitude que demonstra que estava em dúvida sobre a comunicação da suspensão, tentava de última hora informar a punição. E destacou como suspeita a pressão do time argentino para que o zagueiro não jogasse.
Continua depois da publicidade
– Está na súmula que o diretor do Lanús entrou duas vezes no vestiário dos árbitros para dizer que o Luiz Otávio estava suspenso. Qual a razão dele avisar-nos? Era uma indefinição que pairava na cabeça deles – analisou o presidente.
Depois disso a Chapecoense começou a vasculhar os e-mails e acabou encontrando um e-mail no setor administrativo. Ele não revelou quem não viu o e-mail e disse que assume a responsabilidade.
– Houve um conjunto de erros, da Conmebol e todos os demais que estavam nessa cadeia até chegar na nossa secretaria. Todos os e-mails eram dirigidos a quatro ou cinco pessoas pelos canais competente do Brasil. E nós não recebemos isso – destacou, reiterando que houve falha de comunicação.
Continua depois da publicidade
Plínio de Nes disse que tomou a decisão de manter Luiz Otávio no time em nome do bom futebol e que o clube vai até a última instância em busca do direto que o clube conquistou dentro das quatro linhas.