De acordo com a Secretaria de Turismo do Estado, neste Carnaval são esperados mais de um milhão de visitantes nas cidades de Laguna, São Francisco do Sul e Florianópolis. Com previsão de um feriado tranquilo em relação à distribuição de energia elétrica, a Celesc não fará um reforço para os próximos cinco dias de folia em Santa Catarina.
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O mesmo sistema aplicado no restante da temporada será mantido. Segundo o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, a temporada teve ampliação de 40% no fornecimento de energia com relação à temporada passada. A maior preocupação são os fatores climáticos, capazes de interromper fornecimento. A estatal conta com 165 mil quilômetros de rede em SC, 1,3 mil eletricistas e 250 equipes, além de 40 terceirizadas que reforçam o atendimento no litoral. Veja a seguir trechos da entrevista concedida na quarta-feira:
Operação verão
A Celesc se prepara com investimentos robustos no sistema e na estrutura. Temos um contingente de cerca de 20% a mais de pessoas, tanto de eletricistas quanto de atendentes para fazer frente a esse processo. A temporada de verão está sendo bem-sucedida. Há 40% a mais de energia fornecida, comparando com 2014. No dia 31, uma grande tempestade se formou no Vale do Itajaí e atingiu o Norte da Ilha de Santa Catarina. Tivemos 35 mil unidades consumidoras sem energia, mas em quatro horas restabelecemos 34 mil unidades, que é um tempo médio bom.
Demanda no Carnaval
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Nossa preparação é para todo o verão, não vamos mudar nada praticamente. Fizemos investimentos em estrutura. O diferencial que temos são as quatro grandes frentes em Balneário Camboriú e Itajaí, Laguna, São Francisco do Sul e Florianópolis. As frentes serão alocadas dentro das áreas de maior concentração de pessoas, que permitem sermos mais efetivos na resposta. Nossa grande preocupação não é com demanda, mas sim com o clima, que novamente preocupa e, para isso, estabelecemos um perímetro para trabalhar com nossas equipes.
Quedas de energia
No Norte da Ilha de Santa Catarina temos ainda algumas regiões com ligações clandestinas, que acabam prejudicando o dimensionamento do sistema. Na região da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, o problema é a vegetação. Estamos ampliando e melhorando o investimento em poda e roçada. Ainda assim, precisamos de uma articulação com o meio ambiente para poder ter autorização para fazer o serviço. Então é uma construção em conjunto. Nos últimos cinco anos estamos partindo de R$ 11,5 milhões para R$ 20 milhões neste ano em poda e roçada. Identificamos que em torno de 30% das vezes que ficamos sem energia é por contatos de galho de árvores com a rede.
Previsão de consumo no Carnaval
Nos vamos atender com toda a tranquilidade, até porque estamos vendo o consumo diminuindo. A tarifa muito cara está fazendo com que as pessoas desliguem o ar-condicionado. Em novembro do ano passado, tivemos uma queda de 9% no consumo. Em dezembro, quase 5%. Já em janeiro deste ano, quase 6% de queda. Isso nos leva a crer que não teremos o batimento de um recorde como tivemos em 2014 com o verão mais quente dos últimos 88 anos em Santa Catarina.
Ampliações da subestação no Norte da Ilha
Nossa expectativa era entregar durante a temporada seis subestações. Entregamos cinco delas. Nos Ingleses, em função de uma série de contratempos, principalmente o clima, a obra vai ficar para abril ou maio. Colocamos geradores móveis naquela região para suprir qualquer tipo de demanda superior que pudesse ter. No ano passado tivemos mais de R$ 400 milhões contabilizados em obras e, para este ano, temos a previsão de R$ 350 milhões com algumas obras em andamento.
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Revisão tarifária
A perspectiva é bastante boa. Tivemos bastante chuva, o que ajuda. Ao longo dos últimos anos a tarifa aumentou muito, basicamente 13% em 2013, 23% em 2014 e quase 40% em 2015. Crescimentos robustos, frutos da mudança regulatória pelo Ministério de Minas e Energia e da escassez de chuvas. Porém, já a partir de fevereiro podemos ver a bandeira vermelha dividida em dois patamares, o que nos trouxe 2% de queda na tarifa. Nosso principal ponto vai ser a revisão tarifária que acontece em agosto, que ocorre de quatro em quatro anos, nas últimas duas (2008 e 2012) tivemos queda e a expectativa é que também tenhamos uma queda agora em 2016, mas ainda não temos uma estimativa de quanto.