O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), admitiu nesta segunda-feira a possibilidade de um recesso branco em julho na Câmara e no Senado devido à dificuldade para votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
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Com a medida, as Casas funcionariam, mas sem votação. Pela Constituição, o Congresso só pode entrar em recesso, entre os dias 17 e 31 de julho, depois de aprovada a LDO.
Segundo Alves, depois de aprovado o relatório preliminar da LDO, que pode ocorrer nesta terça-feira, será necessário abrir prazo de dez sessões para apresentação de emendas. Com isso, as duas Casas Legislativas não poderiam iniciar o recesso na próxima quinta-feira.
– As emendas são muito importantes porque são interesses regionais, estaduais. Então, é um tema de muita sensibilidade. Portanto, no final do mês, (as emendas) serão apreciadas pela Comissão de Orçamento e, depois, chegar ao plenário. Então, entre o recesso, a Câmara e o Senado não terão pauta. O Congresso é que fica com essa pauta, pelo regimento, de apresentação de emendas ao projeto orçamentário – explicou.
Depois de várias tentativas fracassadas, a Comissão Mista de Orçamento se reúne mais uma vez nesta terça-feira para tentar apreciar o parecer do relator da LDO, deputado Danilo Fortes (PMDB-CE).
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Diante da indefinição sobre o procedimento de análise dos vetos presidenciais, os líderes partidários estavam obstruindo as pautas das comissões mistas. No entanto, na última quarta-feira, os líderes da Câmara e do Senado chegaram a um acordo sobre o projeto de resolução que trata do rito de apreciação dos vetos, o que deve viabilizar a votação da LDO.