O acordo que elegeu João Carlos Gonçalves (PMDB) presidente da Câmara de Vereadores de Joinville lhe garantiu uma base de sustentação de 17 vereadores, mas, por enquanto, na nomeação dos 14 cargos comissionados na estrutura administrativa do Legislativo, os peemedebistas são os mais beneficiados.
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Na última quinta-feira, João Carlos anunciou que cada um dos parlamentares da sigla ficará com uma diretoria, enquanto ele terá duas.
– Estamos definindo de cima para baixo. Embora ainda não tenhamos o nome do diretor-geral, é uma posição minha. Os cargos de assessores ainda estamos discutindo, para poder atender a todos -, diz.
Mesmo assim, no atual acordo, o PT pode acabar não recebendo nenhum cargo. Os dois petistas que votaram em João Carlos já reclamam abertamente da falta de contato.
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– Nós queremos espaço. Não vamos ter na Prefeitura, mas aqui fizemos um pedido claro. Queremos ser atendidos ou ter uma compensação a altura -, diz Manoel Bento (PT), que havia pedido a diretoria de comunicação, que foi confirmada para Tiago Dias, jornalista de confiança de João Carlos.
Além dos parlamentares peemedebistas, só Patrício Destro (PSD) recebeu uma diretoria. A escolha é para evitar que ele esteja descontente e, com isso, deixe Odir Nunes (PSD) ser o líder da bancada. Deixado de fora do acordo, Odir poderia ser um problema para o novo presidente.
A escolha de João Carlos para os cargos administrativos foi feita de forma a priorizar os partidos que estiveram com ele desde o início no projeto da eleição, além de considerar que as siglas que têm as presidências das comissões mais importantes (Legislação e Justiça, Urbanismo e Finanças).
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Mesmo assim, há parceiros que se sentem desprestigiados. James Schroeder (PDT), que chegou a se lançar candidato a presidente da casa e depois seria presidente da Comissão de Urbanismo, mas precisou abrir mão para Manoel Bento, não ganhou a indicação da diretoria que gostaria. No momento, ele terá um assessor especial.
– Queríamos um cargo melhor. Entendemos que é uma equação difícil, mas também não podemos ficar com menos do que merecemos -, analisa.
João Carlos não ignora as insatisfações, mas diz que não há espaço para alocar todos nos cargos que desejam. Por isso, diz que continuará conversando nos próximos dias para decidir quem ocupará as posições menores.
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– É um trabalho de conversa diária. Não queremos deixar ninguém insatisfeito conosco. Mas sabemos que nem todos vão sair felizes -, conclui.