O presidente da BMW do Brasil, Arturo Piñeiro, chegou para a sua apresentação, a última da Expogestão 2014, em grande estilo: a bordo do BMW i3, modelo elétrico e híbrido da montadora – feito com plástico reforçado e fibra de carbono para atenuar o peso – que será lançado no segundo semestre.

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Economista pela Faculdade São Luís e filho de espanhóis, Piñeiro iniciou sua carreira na empresa na terra dos pais, há 19 anos – e assume atualmente o desafio de construir a primeira fábrica da empresa no Brasil, em Araquari.

Na palestra, Piñeiro demonstrou, por meio de pesquisas realizadas internacionalmente em grandes cidades, as novas tendências que guiarão o mercado automobilístico num futuro a médio prazo. Políticas e leis, cultura, exigência do cliente, organização, meio ambiente e recursos foram os focos destas análises. Como resultado, os apontamentos vão no sentido de uma guinada radical no comportamento do consumidor para os próximos anos. Um dos pontos expostos pelo palestrante foi a preocupação das pessoas em torno da sustentabilidade.

Ele ainda apontou que as novas gerações se importam mais com a experiência do que com o produto em si. Isto torna necessária a mudança de estratégias tanto na divulgação de produtos quanto na reformulação conceitual de cada empresa perante o público-alvo.

A prevenção contra dificuldades, como o excesso populacional e o trânsito cada vez mais lento, norteiam as novas estratégias de comercialização da indústria automobilística, destacou Piñeiro. Pesquisas estimam que, em 2050, a população urbana será superior à existente atualmente. Outro levantamento afirma que a velocidade média em grandes cidades é de 16 KM por hora.

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Para Piñeiro, a população das próximas décadas não levará em conta apenas o consumo convencional: priorizará as compras considerando todo um conceito de estética e mobilidade.

O executivo ainda cobrou maior investimento por parte do governo brasileiro em infraestrutura, tendo em vista o suprimento das demandas futuras. Ele lembrou que o Brasil investe menos de 2% do PIB, enquanto a China gasta 15%. Segundo ele, este pode ser um entrave ao crescimento do mercado automobilístico no Brasil.