Há 15 anos a sociedade espera uma solução para o impacto do gargalo da infraestrutura da BR-101. A Alça de Contorno já foi tema de incontáveis audiências e ganhou diversos projetos. Discussões intermináveis por parte das autoridades, alterações, impasses e um descaso com a população que continua implorando pela mobilidade urbana.
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Mais uma vez a sociedade terá que esperar. E nós precisamos acreditar que, enfim, as obras iniciarão dentro do novo planejamento – a partir de novembro deste ano, segundo a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT). Data que só poderá ser cumprida se até o mês de setembro o Ibama liberar a licença ambiental para a obra. O órgão prometeu realizar todas as audiências até o fim de agosto e conceder a licença prévia 15 dias depois da última audiência. E também, em 45 dias, liberar a licença de instalação para, finalmente, iniciarem as obras no prazo prometido e planejado. O cumprimento de todos os prazos faz com que a Alça de Contorno seja entregue nos próximos dois anos, fim de 2015 – 19 anos mais tarde do planejado.
Até lá, a população e as entidades de classe continuarão cobrando para que o início da obra não sofra mais nenhuma alteração. E os congestionamentos diários, as filas cotidianas e os prejuízos para as empresas e toda a sociedade, que dependem da via para gerar negócio e trabalharem, continuam.
O governador Raimundo Colombo e os prefeitos dos quatro municípios que são impactados pelo traçado da Alça de Contorno (Florianópolis, Palhoça, São José e Biguaçu) se comprometeram em não sugerir mais alterações no projeto da ANTT, que mantém o traçado original, apenas com o aumento de dois quilômetros, para desvio de um trecho na Palhoça, onde foi construído um condomínio sobre o traçado original.
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Ações para que as obras sejam iniciadas continuarão sendo feitas ao longo deste ano, e esperamos contar cada vez mais com entidades e pessoas envolvidas nessa mobilização, que precisa de apelo popular para que não tenhamos mais que lidar com situações injustificáveis para esse atraso de quase duas décadas. A população não quer mais respostas paliativas e morosidade. Queremos ver de fato o início imediato das obras.
Texto enviado por Tito Alfredo Schmitt, presidente da Aemflo