João Martinelli

Presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij)

Sabemos que ainda é muito cedo para exigirmos resultados do novo governo, já que sequer está com seu time completo ainda. Entretanto, as possibilidades do retorno do governo destituído provisoriamente aumentam à medida que as expectativas se frustram. Chamar para compor o novo governo políticos sob forte suspeita de estarem envolvidos em falcatruas foi um erro primário e impensável no ambiente de mudanças que se criou.

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Apesar de entendermos a necessidade de compor para governar, não se pode chamar pessoas acusadas de corrupção, desvio do nosso dinheiro para seus bolsos pessoais. Isso não é composição, é conivência, é dar aval e guarida aos malfeitores e seus malfeitos.

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Alguns ministros já saíram e outros estão na corda bamba, o que não permite que realmente ajudem o novo governo, preocupados que estão em proteger suas próprias peles. Estes deveriam se demitir, antes que sejam defenestrados.

De qualquer sorte, acreditar é preciso. O Brasil não suportaria uma nova troca ou a “destroca”, como queiram. Nosso País e seus cidadãos merecem mais respeito da classe que nos governa. Se não queriam o Cunha, agora não sabem o que fazer com o Maranhão, que, de ilustre desconhecido e com filho-fantasma, passou a ser figura notória e indesejável e, o pior de tudo, o primeiro na linha da sucessão ao atual presidente. Já pensaram o País governado pelo Maranhão?

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Olhando o cenário que nos aguarda, nunca convém esquecer que o presidente do Senado está com sua prisão solicitada pelo procurador-geral da República. Fala-se em eleições gerais. Para quê? Ninguém tem dúvidas de que todos esses que estão ou estiveram lá acabarão retornando, já que a classe política faz rodízio, mas não se renova.

A sociedade deveria fazer essa renovação, iniciando por acabar com inexplicáveis privilégios que são concedidos aos nossos deputados e senadores.

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Somos um país pobre e de pobres, que não pode dar um séquito para cada deputado e senador. Antes que eu me esqueça, se numa empresa um empregado dá uma cusparada no rosto de um colega, é demitido por justa causa, ou mesmo se profere palavras de baixo calão a um outro, também é despedido.

Por que na Câmara dos Deputados os ilustres podem dar um espetáculo de mau exemplo para toda a sociedade e nada acontece? Como ganhar o respeito da sociedade se com ela faltam com o respeito ao vivo e em cores, sem qualquer pudor? Retirar o foro privilegiado para essa turma seria de todo necessário, já que a nossa Suprema Corte não tem estrutura para investigar tudo o que esse pessoal é capaz de fazer. Turminha criativa essa.