Passadas nove rodadas do Campeonato Catarinense, o Joinville se prepara para entrar na segunda fase da competição no domingo, quando irá enfrentar o Metropolitano, na Arena, na primeira rodada do hexagonal semifinal. Será a grande oportunidade para a equipe passar uma borracha nos erros da primeira fase, que quase custaram a classificação.
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O JEC ainda não conseguiu encontrar o seu futebol neste início de ano. Oscilando muito, o Tricolor apresentou uma baixa produtividade ofensiva – marcou apenas sete gols em nove partidas – e sequer conseguiu encontrar uma escalação ideal – conseguiu repetir uma equipe titular em apenas duas partidas.
Se quiser sonhar com a classificação para a final do Estadual e com o título que não conquista desde 2001, o Joinville terá que fazer muito mais do que apresentou até agora. Mesmo que os indícios apontem o contrário, o JEC mantém a confiança de que é possível sair da fila. O discurso de jogadores e de comissão técnica é que começa, a partir de agora, uma competição diferente. E a cobrança, então, é justamente para que a equipe demonstre outro espírito na disputa da fase decisiva.
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– Tem que haver uma mudança de atitude do grupo. Os atletas precisam acreditar no seu potencial. Não vamos arrumar desculpas pelos atletas que estão lesionados. Domingo começa uma nova competição, e esses atletas que estão jogando precisam mostrar uma nova atitude – cobrou o presidente Nereu Martinelli, em entrevista à reportagem de “A Notícia”.
Mesmo que a classificação só tenha sido obtida na última rodada – e com um empate sem sal por 0 a 0 com a Chapecoense -, Martinelli está satisfeito porque a equipe atingiu o primeiro objetivo: a vaga no hexagonal. A pressão aliviou um pouco da cobrança que há sobre atletas e comissão técnica, mas acendeu a luz de alerta para a diretoria.
– Vai ser feita uma avaliação muito criteriosa daqui para a frente – disse Martinelli.
O dirigente diz acreditar no time. Avalia que o JEC tem, sim, chances de ser campeão. E, para validar o seu argumento, cita um exemplo do ano passado: o Figueirense só conseguiu a classificação ao quadrangular semifinal na última rodada. E, mesmo assim, faturou o título do Estadual.
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ENTREVISTA | NEREU MARTINELLI
AN – O que o Joinville precisa mudar para conseguir jogar melhor no hexagonal?
Nereu Martinelli – Tem que haver uma mudança de atitude do grupo de jogadores. Os atletas precisam acreditar mais no potencial que eles têm. Não vamos arrumar desculpas pelos atletas que estão lesionados. Domingo começa uma nova competição e Marcelo Costa, Anselmo e Jael não vão estar em campo. São esses atletas que estão jogando que precisam mostrar uma nova atitude a partir de agora.
AN – Muitas pessoas defendem a mudança de treinador para o Joinville evoluir. O que o senhor pensa a respeito?
Nereu Martinelli – Independentemente de termos nos classificado em primeiro ou em sexto lugar, a meta que traçamos foi atingida. Jogamos mal, mas nos classificamos para o hexagonal. Agora, é um novo campeonato e esperamos um crescimento da equipe. Prefiro esperar para ver esse desempenho antes de falar em mudança. Se dependesse só de mim, eu não sou favorável à troca da comissão técnica.
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AN – Na sua opinião, quais são as chances de o Joinville conseguir avançar para as finais do Catarinense?
Nereu Martinelli – De zero a dez, eu diria que é oito. Eu acredito muito no time do Joinville. No ano passado, o Figueirense conseguiu a classificação, no quarto lugar, apenas na última rodada. Depois, foi campeão.