A Casa Rosada informou oficialmente na tarde desta segunda-feira que amanhã, na terça-feira pela manhã, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, será submetida a cirurgia na cabeça. Cristina foi hospitalizada no sábado, ficou 12 horas em uma clínica e sairá de licença por 30 dias.
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A cirurgia, confirmada há pouco, terá o objetivo de “evacuar o coágulo” que ela tem abaixo da membrana que recobre o cérebro.
O quadro clínico de Cristina se deve a um traumatismo craniano sofrido em 12 de agosto. Apenas no sábado os médicos constataram que ela tem um “hematoma subdural crônico”. A Argentina está sobressaltada com a saúde da presidente e com as consequências políticas que isso pode provocar, uma vez que, em 27 de outubro, realizam-se fundamentais eleições legislativas, que podem retirar-lhe boa parte da atual base de sustentação parlamenta. Também fica a dúvida sobre o vice, Amado Boudou, suspeito de envolvimento em casos de corrupção e que deixou de contar com a confiança que tinha da presidente quando foram eleitos, em 2010.
De acordo com comunicado da clínica, a Fundación Favaloro, os médicos resolveram realizar a cirurgia depois de uma avaliação realizada no domingo. Cristina sentiu um formigamento no braço esquerdo que lhe provocou “uma transitória e leve perda de força muscular” desse membro. Ela já ingressou novamente na clínica pouco depois das 13h desta segunda-feira e, neste momento, está internada.
Entre outras dúvidas a respeito do futuro argentino, estão o tempo que Cristina terá de ficar afastada (com a cirurgia, já se cogita que seja mais de um mês) e as próprias causas da atual situação. Ninguém sabe como teria ocorrido o traumatismo e qual a real gravidade da lesão que dele resultou.
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