O Equador discute com o Reino Unido o destino do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado desde 2012 na embaixada daquele país em Londres, afirmou o presidente equatoriano, Lenín Moreno, em entrevista divulgada neste domingo.

Continua depois da publicidade

“Entendo que já estamos estabelecendo contato com a procuradoria jurídica do senhor Assange para encontrar uma saída”, declarou Moreno ao jornal “El País” na última quinta-feira, em Madri.

“O senhor Assange está há mais de cinco anos assim, deve-se encontrar uma saída para ele que defenda seus direitos, principalmente o direito à vida, e que, ao mesmo tempo, possa dar ao Equador a possibilidade de não ter o que certamente representa um problema para o nosso país”, acrescentou o presidente.

Assange, 47, refugiou-se em 2012 na embaixada equatoriana no Reino Unido para evitar ser extraditado para a Suécia por supostos crimes de agressão sexual, que sempre negou ter cometido.

Continua depois da publicidade

O ciberativista australiano afirma que a acusação teve motivação política, e teme acabar sendo extraditado para os Estados Unidos, por ter divulgado milhares de documentos secretos daquele país através de seu site WikiLeaks.

A Justiça sueca abandonou a última causa por estupro em maio de 2017, mas um tribunal de Londres rejeitou em fevereiro arquivar o caso Assange, alegando descumprimento das condições de sua liberdade sob fiança.

Moreno, que visitou esta semana o Reino Unido e a Espanha, indicou que a solução ideal seria que Assange cumprisse pena no Reino Unido por ter violado os termos de sua condicional, e, em seguida, fosse para um local onde ficasse tranquilo.

Continua depois da publicidade

* AFP