O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso em uma operação na manhã de quarta-feira (15), pelo horário local — noite de terça-feira (14), no Brasil. Apoiadores de Yoon tentaram impedir a prisão e a ação levou cerca de seis horas para ser concluída. As informações são do g1.

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Yoon foi alvo de um mandado de prisão no âmbito de uma investigação que apura acusações de insurreição. Em dezembro, o presidente decretou uma lei marcial para restringir direitos civis. A medida foi suspensa em poucas horas, após uma votação do Congresso.

Ainda em dezembro, o Congresso aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Yoon. Desde então, ele está afastado, e a Suprema Corte analisa se ele deve perder o cargo de forma definitiva.

Em comunicado, o presidente afastado afirmou ser deplorável agentes realizarem uma “série de atos ilegais”, incluindo a prisão dele. Yoon disse, ainda, que concordou em prestar depoimento para evitar “derramamento de sangue”.

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Operação de prisão

Os investigadores tentaram prender Yoon pela primeira vez no dia 3 de janeiro. Naquele dia, os agentes foram impedidos de entrar na casa do presidente por seguranças e guardas militares.

Desta vez, os investigadores fecharam um acordo com os guardas presidenciais, que garantiram que iriam autorizar a entrada para que o mandado de prisão fosse cumprido.

Ainda assim, cerca de 6,5 mil apoiadores de Yoon se posicionaram na frente da casa do presidente afastado para dificultar a operação. Segundo a agência de notícias estatal Yonhap, os simpatizantes formaram uma espécie de “corrente humana”.

As autoridades começaram a avançar aos poucos nos arredores da residência de Yoon, até conseguirem entrar no imóvel. Os advogados do presidente afastado tentaram uma negociação, mas os investigadores sul-coreanos disseram que iriam cumprir o mandado.

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Interrogratório e cela solitária

Yoon Suk Yeol deverá ficar em uma cela solitária no Centro de Detenção de Seul, informou a agência de notícias Reuters. O local é maior e melhor equipado do que as celas padrão, de 6,5 metros quadrados.

Segundo a agência, as autoridades responsáveis pela investigação prepararam um questionário de mais de 200 páginas para o presidente afastado, que, além de permanecer em silêncio, não permitiu a gravação. As instalações usadas para o interrogatório incluem uma área de descanso com um sofá para acomodar Yoon, informou a agência Yonhap.

As autoridades têm 48 horas para interrogá-lo. Após isso, deverão solicitar um mandado de prisão para detê-lo por até 20 dias ou liberá-lo. Durante a custódia, Yoon será mantido no Centro de Detenção de Seul — que não é o mesmo local do interrogatório.

Na chegada ao centro de detenção, Yoon passou por uma verificação de identidade e um exame de saúde simples. Na prisão onde está, os detidos acordam às 6h30min e dormem após as 21h.

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