Fiéis lutam pela Igreja de São Miguel, em Biguaçu, que passa por sérios problemas de estrutura. São mais de dois séculos e meio de existência, que trouxe muitas bênçãos aos religiosos, mas também invasão de cupins, infiltração por causa da umidade, sujeira, desníveis no telhado e no piso de madeira.
Continua depois da publicidade
Aliam-se, ainda, os inúmeros furtos, que tiraram da igreja a principal imagem do altar, de São Miguel Arcanjo, que ficou desaparecida por 32 anos e hoje está na Polícia Federal, na Capital, por falta de segurança na paróquia. Ela foi recuperada em dezembro, no Rio de Janeiro.
::: Fiel ajudou com dinheiro do bolso
Outra imagem do santo, menor, também foi furtada, além de cálices de ouro maciço, quadros em tecido da Via Sacra e até um sino, doado por dom Pedro II em 1845.
Continua depois da publicidade
Hoje, os dois sinos que estão na igreja foram gradeados por uma fiel, que usou o próprio dinheiro para proteger.
::: Descuido já tem longa data
Ingeburg Dekker, 80 anos, explica que a igreja quase não é frequentada fora da alta temporada e que a falta de cuidados constantes destrói um lugar que tem uma beleza histórica.
Segundo o padre José Luiz de Sousa, é preciso unir forças com a prefeitura e o governo federal para salvar o local:
Continua depois da publicidade
– Se não fosse um patrimônio tombado, já teria reformado a igreja. Fico amarrado, pois
não posso nem sequer mexer em uma telha. Hoje, o problema mais sério é o telhado.
::: Restauro
– A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplan) já procurou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para definir o que pode ser feito para recuperar a estrutura da igreja e a imagem do santo padroeiro, que está na Polícia Federal. Também estão previstos projetos para restaurar telhados, pisos e janelas. Ainda falta definir como serão feitos os reparos e quem será responsável pela segurança do local, medida necessária para que a imagem seja devolvida. ?