A reunião da CPI do Cachoeira foi interrompida na tarde desta quinta-feira depois de parlamentares questionaram a presença de advogados do senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO), do contraventor Carlos Cachoeira e do ex-diretor da Construtora Delta, Cláudio Abreu. A sessão reservada ouve os delegados e procuradores responsáveis pelas investigações.
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Cachoeira será ouvido no Conselho de Ética no dia 23 de maio
A presença dos advogados na reunião não havia sido comunicada aos deputados e senadores que compõem a CPI. De acordo com o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), os defensores têm o direito de acompanhar os depoimentos do colegiado. Contudo, esse fato era do conhecimento apenas do presidente da comissão, senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) e deveria ter sido comunicado aos demais parlamentares.
Os integrantes da CPI discutiram internamente como resolver essa questão. Logo depois, o presidente da comissão se desculpou com os parlamentares e disse que, como os advogados tinha autorização judicial para assistir aos depoimentos, ele “se esqueceu” de relatar o fato aos demais integrantes.
Segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o problema já foi contornado e a reunião continua.
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Sessão deve se estender até a noite
Os depoimentos desta quinta-feira na CPI devem se estender até o início da noite, segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE). Conforme o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), 28 parlamentares aguardam a oportunidade de interrogar os depoentes.
Pela manhã, falou o delegado da Polícia Federal Mateus Rodrigues, que relatou as investigações feitas pela Operação Monte Carlo. A ação resultou na prisão de Carlinhos Cachoeira. O depoimento dele, que é secreto, durou cerca de uma hora e meia.
De acordo com o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), o depoimento do delegado é muito esclarecedor. Macris ressaltou que ainda há muitas informações a serem analisadas pela PF. Só de escutas, são mais de 250 mil horas.