Foragida da Justiça catarinense, Daiane Cristina da Mota, 26 anos, foi presa a 3.752 quilômetros de Florianópolis. A polícia a capturou em Mossoró, Rio Grande do Norte, na sexta-feira, cidade em que estava para visitar o marido, Roberto Tavares Onofre, o Betinho da Favela.
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O criminoso é um dos 37 líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) transferidos em fevereiro ao presídio federal de Mossoró por envolvimento com a onda de atentados em Santa Catarina.
A notícia da prisão de Daiane chegou neste fim de semana a policiais civis catarinenses. Ela estava com mandado prisão decretado por condenação de três anos e nove meses de prisão por associação ao tráfico de drogas, em São José, na Grande Florianópolis.
Policiais civis de Mossoró fizeram a prisão. Ao ser presa, Daiane relatou a jornalistas locais que estava morando num apartamento há quatro meses para visitar o marido na prisão federal. Ela disse ainda que estava em regime semiaberto e que viajou sem autorização judicial.
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A polícia de Mossoró investiga se ela promovia conexões do crime organizado entre Santa Catarina e Mossoró. Policiais estranharam o fato de que Daiane mesmo foragida conseguia visitar o marido na prisão federal.
O DC não conseguiu localizar o advogado de Daiane neste domingo. Ela deverá ser transferida ao Estado, mas ainda não há data.
A migração de familiares dos presos a Mossoró vem sendo observada desde fevereiro, quando houve as transferências. Advogados catarinenses também viajam constantemente ao Rio Grande do Norte para defesa dos clientes nos processos.
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Quem é Betinho da Favela
Em SC, no inquérito do PGC, a polícia tratou Betinho da favela como um dos disciplinas e líderes da facção – recolheria dinheiro do tráfico e dos dízimos. Sua base seria São José.
Ainda, conforme a polícia, teria tentado aproximação com o Comando Vermelho do Rio de Janeiro organizando eventos, como bailes funks, que teriam como objetivo arrecadar fundos para lavagem de dinheiro para o PGC.