O Enem 2022 acontecerá nos dias 13 e 20 de novembro. No primeiro dia, serão aplicadas as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Ciências Humanas e suas Tecnologias. Já no segundo, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.
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Por isso, é fundamental já começar a se preparar para as provas. Dessa forma, você garante um bom desempenho! Abaixo, confira os principais acontecimentos que marcaram a Idade Média, assunto que costuma aparecer no exame.
Importância da Idade Média
A Idade Média é um momento de quase 1.000 anos que compreende a queda do Império Romano Ocidental (476 d.C.) até a queda de Constantinopla (1453 d.C.). Esse período – embora denominado de Idade das Trevas pelo medo geral e baixo desenvolvimento cultural (doenças, pobreza, violência, poder da igreja) – foi importante pelas invenções, desenvolvimento agrário e renascimento comercial.
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Povos bárbaros
Durante o Império Romano, os bárbaros eram os povos que viviam além do império e não falavam latim. Os germânicos, por exemplo, que viviam em torno do rio Reno (Germânia), foram rotulados como bárbaros.
No início, romanos e bárbaros viviam pacificamente (até se casavam). Com a invasão e destruição de Roma (Império Romano Ocidental), passaram a criar reinos independentes no território romano entre os séculos V e VI. Dividiram-se em anglos, saxões, lombardos, suevos, burgúndios, vândalos, ostrogodos, visigodos e francos.
Igreja Católica
A Igreja Católica teve grande poder durante a Idade Média. Ela possuía dois terços da terra na Europa. Dirigida pelos papas e bispos, formavam enormes feudos por meio de mosteiros e abadias. Também tinha outros importantes papéis:
- Religioso: converter o povo germânico ao cristianismo;
- Econômico: desenvolvimento agrícola;
- Cultural: conservação do conhecimento (bibliotecas).
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Depois das Cruzadas, a Igreja enfraquecida buscou formas violentas de reagir e dominar por meio da Inquisição: um tribunal religioso que julgava e condenava os hereges (que tinham dogmas ou costumes diferentes ao catolicismo, heresia) a queimar em fogueiras.

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Império dos Francos
Instituído em 496 d.C. com o rei cristão Clóvis, o Império dos Francos foi de grande duração e teve forte ligação com a Igreja Católica. Ele foi dividido em duas dinastias: Merovíngia e Carolíngia.
Carlos Martel, na Merovíngio, venceu os árabes na Batalha de Poitiers, impedindo a invasão muçulmana na Europa. Carlos Magno, na Carolíngio, foi o rei franco mais famoso e conquistou terras na Europa Ocidental e Oriental.
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Carlos Magno, nomeado imperador na cidade de Roma pelo papa Leão III, criou um grupo de fiscais, chamados de missi dominici, para fiscalizar os territórios reais. Essa situação provocou a ruralização da Europa e a concentração de poder nas mãos dos senhores da terra, posteriormente, determinante para o surgimento do Feudalismo.
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Expansão do Islamismo
O Islamismo é uma religião monoteísta fundada pelo profeta Maomé em 610 d.C. Todos os seus ensinamentos estão concentrados no Alcorão e os templos são chamados de Mesquita. Essa religião foi muito difundida entre as tribos árabes que viviam desde a Ásia até a África.
Orar cinco vezes ao dia, jejuar, fazer caridade e ir à Meca (cidade santa dos muçulmanos) ao menos uma vez na vida são alguns dos preceitos que o adepto à religião deve seguir.
A expansão da religião ocorreu após a morte de Maomé (632 d.C.), em que os califas (chefes político-religiosos considerados sucessores de Maomé) coordenaram ataques aos povos politeístas implantando a nova religião islâmica.
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O Império Islâmico durou quase duzentos anos graças à religião e à língua árabe. Declinou a partir do século VIII com a retomada cristã, desentendimentos políticos com o governo central, ambição e rivalidade dos califas e conquista dos turcos no Oriente Médio.
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Império Bizantino
Após a crise no Ocidente (Roma), a parte Oriental (Constantinopla – hoje Istambul, na Turquia) e seu imperador Constantino mantiveram viva a cultura e as tradições romanas durante muito tempo.
O Império Bizantino, ou Império Romano do Oriente, tinha seu caráter urbano (estável e rico) fabricando artigos de luxo, construindo imponentes edifícios públicos e estabilizando sua moeda (ouro bizantino).
A sociedade era uma hierarquia: imperador, nobreza (assessores do rei), aristocracia (comerciantes, banqueiros, grandes proprietários de terra), servos (ligados à terra em que nasciam) e escravos.
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A sociedade era fortemente dirigida pelo cristianismo – herdado de Roma. A Igreja exercia atividades (rituais) em tudo na vida dos bizantinos: festejos, arquitetura, atividades cotidianas, pinturas e esculturas etc.
O Império Bizantino teve seu auge com o imperador Justiniano, entre 527 e 565 d.C., que reconquistou a maior área da antiga parte Ocidental (Roma). Após a morte do imperador Justiniano, começou o declínio do Império com a alta dos impostos e invasões árabes, até ser tomado pelo sultão Maomé II em 1453.
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O que foi o Feudalismo?
O Feudalismo foi um sistema político-social-econômico em que um proprietário de grande extensão de terra (senhor feudal ou suserano) concedia parte de suas terras a um nobre (vassalo), estabelecendo um vínculo de proteção e servidão. Abaixo dos vassalos estavam os camponeses (servos) que trabalhavam na unidade de produção (feudo), recebendo em troca moradia e proteção.
Formou-se assim a sociedade com papéis definidos:
- Clero (rezar e assegurar salvação);
- Nobreza (lutar para defender a população);
- Camponeses (trabalhar para sustentar a todos).
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Bom lembrar que nesta época grande parte da população vivia no campo e a Igreja Católica detinha dois terços das terras medievais. O declínio do feudalismo ocorreu com o renascimento comercial e urbano (Baixa Idade Média) motivado principalmente pelas Cruzadas.
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Consequências das Cruzadas
As Cruzadas foram movimentos militares da Europa para livrar a Terra Santa e Jerusalém das mãos dos muçulmanos. Os voluntários usavam o artifício da guerra religiosa para fugir da pobreza, buscar aventuras, trabalho ou fortuna que não havia em suas terras.
Apesar de não cumprir seu objetivo, provocou intensas mudanças como a reabertura do Mar Mediterrâneo à navegação, ressurgimento do comércio europeu e a crise do feudalismo.
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