Os “apagões” do Figueirense no Estadual não é por falta de fôlego. Pelo menos é o que garante o preparador físico do clube, Luiz Fernando de Paiva Farias. Na avaliação do profissional, o time está bem condicionado fisicamente e a queda de rendimento em alguns jogos, como o clássico contra o Avaí domingo, no Orlando Scarpelli, quando abriu 2 a 0 no placar e permitiu a igualdade, se deve a fatores psicológicos.

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– Fomos campeões do primeiro turno, somos líderes da classificação geral, jogamos um clássico importante e não vejo queda de rendimento. Vejo casos isolados de atletas que vêm de lesão, estão sem ritmo de jogo e precisam ser substituídos no decorrer das partidas. O fator psicológico é importante. Tem jogos que a gente abre um placar grande e, de repente, relaxa e toma os gols. Mas nada disso está relacionado à parte tática. É algo normal em um grupo em formação – ressaltou.

Para ele, se o grupo estivesse mal condicionado, jogadores como o volante Túlio, de 35 anos, não suportariam o ritmo até o fim das partidas.

– O Túlio tem 35 anos e sai dos jogos inteiros, pronto para disputar outro jogo. O que nós tivemos foram casos isolados de atletas sem a condição perfeita por falta de ritmo e lesões recentes – afirmou.

Sobre a condição física dos atletas, Luiz Fernando disse que há jogadores que merecem atenção especial pelo histórico de lesões. O atacante Julio Cesar é um deles. O jogador enfrentou problemas no início da temporada devido a uma lesão muscular sofrida no ano passado e teve de fazer um trabalho específico de recuperação. Quando voltou, sentiu a sequência de jogos e foi poupado pelo técnico Branco em dois jogos. No clássico, Julio voltou a ter grande desgaste e foi substituído antes do fim da partida.

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Outro atleta que preocupa é o meia Fernandes. No início da temporada, o jogador teve problemas musculares e ficou quase um mês em recuperação. Quando estava pronto para voltar, uma tendinite no joelho direito o atrapalhou. No fim de fevereiro, o meia finalmente estreou e quando tinha a chance de iniciar uma partida, no dia 9 março, sentiu uma fisgada na panturrilha. Diante de um histórico tão complexo, o atleta será mais preservado.

– Preparamos uma nova metodologia para o Fernandes, Ele vai trabalhar o mínimo possível a partir de agora para desenvolver o máximo nos jogos. É lógico que não vai ter condições para atuar o tempo inteiro – enfatizou.