Quando o assunto é comida, não tem que não se interesse. No entanto, mais importante do que agradar ao paladar é estar atento aos nutrientes e benefícios dos alimentos. O papel do nutricionista é ajudar as pessoas a manterem uma alimentação balanceada e garantir a promoção e a manutenção da saúde e a qualidade de vida.

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O lançamento de programas governamentais como o Fome Zero, por exemplo, e a preocupação com o bem-estar têm impulsionado o trabalho do nutricionista. Saiba mais sobre a rotina desse profissional com a coordenadora do curso de Nutrição da UFSC, Janaina das Neves, 39 anos, e da nutricionista Sara Amy de Oliveira, 24, que coordena a cozinha da creche Vinde a mim as criancinhas, em São José, na Grande Florianópolis, e do Residencial Geriátrico Bella Vida, em Florianópolis.

Assista ao depoimento da nutricionista Sara Amy de Oliveira

Opções de atuação

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O campo de atuação do nutricionista engloba desde o planejamento de cardápios para cozinhas de restaurantes, empresas e escolas, até a nutrição clínica, em hospitais, e a nutrição esportiva. Quem se forma na área pode trabalhar com o atendimento individual ou de equipes, voltado para a promoção de hábitos de alimentação saudáveis, atuar em saúde pública ou seguir no ramo da pesquisa acadêmica.

O que é mais gratificante

Para Sara Amy de Oliveira, a melhor parte do trabalho é ver a pessoa melhorar os hábitos alimentares e, consequentemente, a saúde.

O que é mais difícil

Na opinião de Sara, quando um paciente não está se alimentando por problemas psicológicos ou emocionais, o desafio é maior. Ela cita o exemplo de idosos, em casas geriátricas, que fazem greve de fome porque não recebem visitas de familiares, e de crianças que não se alimentam em função da separação dos pais. Em alguns casos, é feito o trabalho de parceria com psicólogos ou psiquiatras.

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Do que precisa gostar

É importante ter afinidade com biologia humana, química e até matemática, para calcular a quantidade necessária de alimentos no cardápio, por exemplo. O nutricionista precisa ainda ter capacidade de lidar com o ser humano e saber trabalhar em equipe.

Disciplinas e tempo de duração

Na UFSC, o curso tem dez semestres e um currículo que inclui disciplinas mais básicas e teóricas, como anatomia e imunologia, e atividades práticas, em que os alunos atuam em unidades de saúde, por exemplo. De acordo com a coordenadora do curso da universidade, Janaina das Neves, desde 2008 a graduação tem se voltado para o fortalecimento do nutricionista dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e para a formação de profissionais com uma visão geral do ciclo da alimentação, desde o campo até o descarte.

Mercado de trabalho

Políticas públicas de promoção e regulamentação da alimentação e de programas governamentais têm ajudado no mercado na área. A professora Janaina aponta que, em Florianópolis, o campo do atendimento em consultórios está saturado, devendo-se apostar em outros setores.

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Salário inicial

De acordo com a tabela do Sindicato dos Nutricionistas no Estado de SC (Sinusc), o piso regional de referência é de R$ 1.,8 mil, por 44 horas semanais. O sindicato também lista os valores pagos por atividades específicas.