O medo em relação à gripe A fez dobrar a procura de pessoas com febre e dores no corpo ao Hospital Regional, em Joinville, nos últimos dias. O movimento na recepção do pronto-socorro, que em outros invernos chegava a 15 pessoas gripadas por turno, tem passado de 30 nesta semana, diz a enfermeira Marisa Martins.
Continua depois da publicidade
Muita gente ainda vai ao local com dúvidas sobre a doença. A principal preocupação é se qualquer sintoma, mesmo os de um resfriado, podem significar gripe A. Frequentar ônibus lotados e locais fechados é outro temor mencionado por quem aguarda, de máscara, em uma sala reservada do hospital.
O pedreiro Enedilson Cardoso, 36 anos – uma das dez pessoas que tiveram de usar máscara e passaram por observação na manhã de quarta – diz que tem medo. Ele chegou com febre de 38 graus, dores no corpo e fraqueza. O aumento na procura tem provocado demora, segundo a direção do hospital. Nas primeiras horas de quarta, pacientes com sintomas de gripe esperaram, em média, duas horas.
No domingo e segunda à noite, chegava a seis horas. A enfermeira Marisa lembra que o pronto-socorro atende a todo tipo de doença, o que aumenta a espera. Não há um atendimento exclusivo para a gripe A. Se uma pessoa chegar com sinais de infarto, ela passará na frente de um paciente que está com febre alta. Em períodos de movimento, há dois clínicos gerais. A pessoa que chega com sintomas na recepção recebe uma máscara e vai para uma sala separada, por recomendação da Vigilância Epidemiológica.
Nesse local, pode receber soro, até se consultar. É o médico que dirá se a pessoa deve ficar em isolamento em casa, internada no hospital ou se não há risco. Os casos suspeitos são encaminhados para exame – resultado demora três semanas – e são medicados. As suspeitas da gripe A em Joinville subiram de dez para 15. Quatro pessoas estão internadas, uma no Regional e três em hospitais particulares. As outras pessoas são monitoradas em casa. Todas estão bem.
Continua depois da publicidade