A definição sobre qual o traçado deve ser seguido no contorno viário na BR-101 entre Biguaçu, Palhoça e São José não significa que os problemas relativos à obra acabaram. Empreendimentos que estão no meio do caminho proposto preocupam pela possibilidade de atrasar ainda mais a execução do projeto.
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Para evitar se seja necessário pagar várias desapropriações, a prefeitura de Palhoça sugere um traçado mais distante do centro urbano. O prefeito, Ronério Heiderscheidt, observa que a proposta não traria diferenças na quilometragem e no tempo de execução da obra. Segundo ele, a viabilidade já foi aprovada em um anteprojeto apresentado a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A alternativa será discutida em uma reunião com representantes do Ibama e ANTT.
– O projeto foi feito há 16 anos, e de lá pra cá, a cidade se desenvolveu. Hoje, temos várias áreas industriais e empreendimentos na região. Essa alternativa não atrasaria as obras e nem alteraria o projeto em seu inicio no quilômetro 175, em Biguaçu e fim, no quilômetro 222, em Palhoça.
Ronério disse ainda que as autorizações foram consentidas a vários empreendimentos pela prefeitura porque, apesar de saber da existência do projeto, não teria recebido nenhum documento federal, oficial, sobre a definição do traçado do contorno viário na Grande Florianópolis.
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– O projeto existia, mas não fomos comunicados. A alteração já foi acordada na reunião em Brasília, (na terça-feira) e acredito que a mudança não irá atrasar a obra, até porque Palhoça está no fim da execução do traçado.
O secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, acredita que o ajuste em Palhoça não vai trazer entraves ao andamento da obra.
– Vai até ser melhor para a concessionária, que terá um valor menor com as desapropriações. As alterações em Palhoça terão apoio de técnicos da prefeitura e será atendido pela ANTT – acredita o secretário.
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O tempo para executar a obra é o que está preocupando o prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps. Ele afirmou que vai entrar com uma ação judicial contra a Autopista Litoral Sul para que o dinheiro ou parte dos recursos pagos pela população no pedágio seja depositado em juízo.
– É como um caução, para que este dinheiro seja investido na construção do contorno viário. O pedágio está sendo uma cobrança injusta, já que a população paga para ter algo que ainda não foi executado. O prazo já foi adiado e não temos garantias de quando a obra ficará pronta.