O inventor da dinamite, Alfred Nobel, apresentou o seu desejo de atribuir os prêmios Nobel, que com o tempo de tornaram famosos, em um testamento assinado em Paris em 1895, um ano antes de sua morte em San Remo, na Itália.
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O documento estipulava que ele deixava um capital de 31,5 milhões de coroas suecas, que equivaleria – levando em conta a inflação – a 1,8 bilhão de coroas suecas atuais (188 milhões de euros ou 221 milhões de dólares).
Os valores deveriam ser divididos a cada ano entre aqueles que ao longo do ano anterior tivessem realizado “o maior benefício à humanidade”.
O testamento estipulava a divisão desse renda em cinco partes iguais.
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“Uma parte para quem tiver descoberto a invenção mais importante no campo da Física; uma parte para quem tiver realizado o progresso mais importante na Química; uma parte para quem tenha feito a descoberta mais importante no âmbito da Fisiologia ou da Medicina; uma parte para quem tiver produzido a obra mais importante de tendência idealista no campo da Literatura; e uma parte para quem tiver trabalhado mais ou melhor em prol da fraternidade entre os povos, a abolição ou redução dos exércitos permanentes e da celebração ou difusão de congressos pela paz”, detalha o documento.
Legalmente, o testamente não indicava nenhum beneficiário da fortuna, fazendo com que, após a sua leitura em janeiro de 1897, membros da família Nobel o rejeitassem com veemência.
Além disso, Alfred Nobel indicou em seu testamento os diferentes comitês que atribuem os prêmios a cada ano: a Academia Sueca para Literatura, o Karolinska Institutet para Medicina, a Real Academia Sueca de Ciências para Física e Química, e um comitê de cinco membros especialmente escolhidos pelo Parlamento norueguês para a Paz.
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No entanto, não explicou as modalidades que cada comitê deveria seguir para atribuir os prêmios em sua área.
Foram necessários mais de três anos para resolver essa questão com a criação da Fundação Nobel, encarregada de administrar o capital dos prêmios enquanto os diferentes comitês se ocupam de sua atribuição.
Em 1968, coincidindo com o seu tricentenário, o Banco Central da Suécia (Riksbank) criou um prêmio de Economia em memória de Alfred Nobel, colocando à disposição da Fundação Nobel uma soma anual equivalente ao montante dos outros prêmios.
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Hoje, cada prêmio, que não pode ser concedido de maneira póstuma, é dotado de nove milhões de coroas suecas (940.000 euros ou 1,1 milhão de dólares).
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* AFP