Os sérvios votavam neste domingo para eleger um novo presidente, em uma eleição em que o atual primeiro-ministro, Aleksandar Vucic, pretende assegurar seu poder, em meio a acusações da oposição de que ele está gerindo uma transição para um regime autoritário.
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Cerca de 6,7 milhões de sérvios irão às urnas, que abriram às 07H00 locais (02H00 de Brasília) e fecharão às 20H00 (15H00 de Brasília). Esperam-se os primeiros resultados antes da meia-noite.
O primeiro-ministro aparece como favorito diante da divisão da oposição, que concorre com 10 candidatos, entre eles o antigo Defensor do Cidadão Sasa Jankovic, do Partido Democrático, o ex-ministro das Relações Exteriores Vulk Jeremic e o ultranacionalista Vojislav Seselj.
O posto de presidente tem sido limitado a um papel burocrático nos últimos tempos, mas os especialistas advertiram que, se o cargo for ocupado por Vucic, irá adquirir um aspecto mais político.
Assim como nas legislativas de 2016, vencidas por sua formação, o Partido Progressista Sérvio, Vucic se apresenta para estas eleições como um “referendo pelo futuro”, apelando para o contexto de tensão nos Bálcãs.
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Esta dramatização é ilustrada em um vídeo de campanha de Vucic: por conta da falta de uma liderança claramente identificada na cabine do piloto, um avião se choca contra a inscrição “Sérvia 2017”, causando um acidente.
Vucic conquistou importantes avanços econômicos desde que se tornou primeiro-ministro, em 2014. No ano passado, o país fechou as contas com um crescimento de 2,8%. Entretanto, com estas cifras convivem dados como o do desemprego, que atinge 15% da população, em um país onde a média dos trabalhadores recebe um salário de 330 euros.
* AFP