A primeira-ministra polonesa, Beata Szydlo, acusou nesta quarta-feira o presidente francês, Emmanuel Macron, de “tentar introduzir o protecionismo” na UE, em meio às divergências entre Paris e Varsóvia sobre os trabalhadores deslocados.
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“Realmente me preocupa que o presidente francês esteja minando os pilares da União Europeia e tentando introduzir o protecionismo, atacando o livre mercado e a circulação de pessoas e serviços”, declarou Szydlo à rede pública TVP.
“Esses são sinais preocupantes. Acho que é o momento no qual pelo menos alguns dos líderes da UE devem responder a pergunta de se a unidade é importante para eles (…) ou se alguns desses lideres querem dividir a União Europeia”.
Macron prometeu na campanha que revisaria o estatuto dos trabalhadores deslocados e espera defender esta reforma na cúpula da UE nos dias 19 e 20 de outubro.
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Esta norma permite, por exemplo, a uma empresa polonesa ganhar um contrato na França e enviar para lá trabalhadores poloneses por períodos de até dois anos para realizar o trabalho, sem ter que pagar impostos na França, que são mais altos do que na Polônia.
A Polônia é o país que mais se beneficia dessa diretriz e que manter este sistema intacto.
Atualmente, cerca de 500.000 poloneses estão empregados por empresas em seu país, mas exercem suas funções em outros Estados da UE.
* AFP