O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, defendeu nesta segunda-feira (22) a liberdade religiosa que garanta, por exemplo, o direito de usar burquíni, o que significaria – segundo ele – “a aceitação” do outro em uma sociedade aberta.

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“No Canadá, deveríamos ir além da tolerância. Tolerar alguém é aceitar que tenha o direito de existir, mas com a condição de que não venha a nos incomodar muito, muito, em nossa casa”, lamentou o premiê em entrevista coletiva.

Ao ser questionado sobre a polêmica na França a respeito do burquíni – o traje de banho de corpo inteiro usado pelas mulheres muçulmanas -, Trudeau pediu que “se respeitem os direitos e as escolhas dos indivíduos”, um princípio que “deve estar em primeiro lugar em nossos discursos e debates públicos”.

Depois da polêmica na França, onde várias cidades litorâneas proibiram o uso desse traje, deputados de Québec pediram uma medida similar nessa província, em nome do princípio de laicidade.

“Sim, certamente, há pequenas controvérsias aqui e lá, como sempre, conversas que continuaremos a ter”, observou Trudeau, acrescentando que, “no Canadá, deveríamos ir além da tolerância”.

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“No Canadá, podemos falar de aceitação, de abertura, de amizade, de compreensão? É para lá que vamos e é o que estamos vivendo em nossas comunidades diversas e ricas, não apesar, mas por causa das diferenças”, concluiu Trudeau.

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