Quando o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, disse ao novo primeiro-ministro da Grécia que seriam necessárias medidas duras até o final de março para deixar tudo pronto a tempo para a Olimpíada de Atenas, nem ele podia imaginar uma ação tão imediata.
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Em uma semana, o primeiro-ministro conservador Costas Karamanlis, chamado de O chefe por Rogge após o primeiro encontro entre os dois, neste mês, tornou-se o Senhor Olimpíada da Grécia.
Karamanlis desencadeou uma reviravolta extraordinária na organização dos Jogos a menos de 150 dias da cerimônia de abertura.
Sua mensagem ao comitê organizador de Atenas, empresas de construção envolvidas em projetos atrasados e aos gregos em geral foi alta, clara e, para muitos, atrasada.
– Eu tomarei as decisões. Eu assumirei a responsabilidade. Eu levarei a culpa. Eu levarei o crédito.
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Para muitas federações de esporte, o estilo de Karamanlis foi um alívio frente a uma organização que perdeu a força e recusou-se a admitir seus problemas.
– Nestes últimos dias, vimos algumas nuvens surgindo com a questão sobre se Atenas pode não só realizar a Olimpíada, mas uma que valha a pena fazer os Jogos voltarem para casa – disse um dirigente esportivo.
Karamanlis descartou o telhado sobre a piscina olímpica, estabeleceu um prazo final para o término da cobertura do estádio principal com um claro aviso de que não hesitará em desistir dele, abandonou uma ambiciosa ampliação da linha de trem, ordenou o início imediato do trabalho paisagístico e enviou ministros para canteiros de obras para ver se as pessoas estão trabalhando.
Ele também superou a oposição interna e pediu ajuda à Otan para proteger os Jogos, que estariam sob ameaça em qualquer lugar por causa dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
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Mas, mais importante do que suas ações, é o fato dele ter admitido que há problemas.
– Tudo está no limite, os preparativos estão em um estágio crítico, essa é a verdade – disse nesta semana o ministro grego do Transporte, Michalis Liapis.
As informações são da agência Reuters.