O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, reconheceu nesta quinta-feira à noite a “clara” vitória do “não” no referendo sobre uma maior participação do reino escandinavo nas políticas europeias em matéria de justiça e polícia.
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“É um ‘não’ claro (…). Respeito totalmente a decisão dos dinamarqueses”, declarou Rasmussen em entrevista coletiva.
Defendido pela extrema esquerda e pelo Partido do Povo Dinamarquês (eurocético), o “não” obtinha 53% dos votos, após a apuração de 98% das urnas.
Os dinamarqueses deviam decidir se o país manteria, ou não, as exceções em cooperação judicial e nos assuntos internos obtidas em 1992, depois da rejeição da Dinamarca ao Tratado de Maastricht.
Venstre, o partido liberal do primeiro-ministro Lais Lokke Rasmussen, e a principal formação de oposição socialdemocrata defendiam o “sim”.
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“O ‘sim’ é pela segurança, porque garante que poderemos fazer parte da (Escritório Europeia de Polícia) Europol e cooperar na luta contra o crime”, havia assegurado Rasmussen.
Os eurocéticos do Partido Popular fizeram campanha pelo “não” com o lema “Mais UE? Não, obrigado”.
Segundo as legislativas de junho, este partido xenófobo temia que, a longo prazo, a Dinamarca pudesse perder o controle sobre a política migratória.
Essa preocupação é compartilhada por muitos dinamarqueses, que temem o sistema de cotas de “divisão” de migrantes da União Europeia, ainda que a Dinamarca tenha acolhido consideravelmente menos pessoas do que sua vizinha Suécia este ano.
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