O empoderamento feminino é tema recorrente nas obras da ilustradora catarinense, Manu Cunhas, que já recebeu o Prêmio Jabuti de ilustração em 2017. O desejo de criar arte com propósito motivou a artistas a transformar suas obras em NFTs, vendidos em um leilão filantrópico. O valor arrecadado será destinado à ONGs que lutam pelos direitos das mulheres.
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Em uma parceria com a Doare, fintech especialista em doações online, a artista desenhou 21 mulheres que marcaram a história, como Anita Garibaldi, Joana d’Arc, Elza Soares e Frida Kahlo. Todas as obras fazem parte do acervo do Impact Women NFT. O leilão ficará aberto até às 23:59 desta terça-feira (31).
— No início eu comecei a fazer projetos de maneira mais pessoal com o tema do empoderamento feminino, porque eu me importava, porque era uma coisa que eu sentia necessidade, e com o passar do tempo eu tive a sorte de cruzar com empresas que também se importam com isso — disse a artista.
Venda de obras em NFTs
Um NFT, abreviação de “Non-Fungible Token”, no português, “Tokens Não-Fungíveis”, pode ser uma imagem, música, documento, etc, que contém um código de autenticidade exclusivo. Mesmo que a obra seja replicada na internet, é isso que comprova qual é a original e a quem ela pertence.
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Para Manu Cunhas, apesar de a comercialização de artes digitais já ser bastante difundida na internet, o fato de a certificação de autenticidade da obra ter valor de revenda é muito interessante para o trabalho dos artistas.
— Não é uma novidade a comercialização de artes digitais, algo que já é bastante difundido na internet e nas redes sociais. Por exemplo, a pessoa pode fazer uma encomenda de uma arte minha para uso pessoal, para pendurar na parede, imprimir como quiser. A novidade em si é o fato de ter essa certificação e ter valor de revenda. É uma forma de tu certificar a origem, ter um controle melhor de para onde essa arte vai — declarou a ilustradora.
Sobre o Impact Women Charity NFT
Cada leilão de obras de arte beneficiará uma organização sem fins lucrativos. Foram selecionadas seis ONGS brasileiras que receberão 70% do valor arrecadado.
Além disso, 12% serão destinados para apoiar Manu Cunhas, 12% para a Doare (produtora do projeto) e 6% serão destinados à compra de créditos de carbono (certificados emitidos para uma empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa).
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