O granizo que caiu durante 10 minutos segunda-feira à tarde e afetou cerca de 84 mil pessoas já causou prejuízos de R$ 38 milhões em Lages, na Serra Catarinense. Os números foram confirmados ontem pela prefeitura e pela Defesa Civil, porém, se trata de uma estimativa prévia porque as perdas seguem senda contabilizados.

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Da quantia calculada até agora, R$ 27 milhões saem do comércio. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) consultou aproximadamente 200 empresas até agora. Outros R$ 3 milhões são de patrimônios de moradores e R$ 8 milhões são em prédios públicos municipais.

– Esses R$ 27 milhões são de vidros e telhas quebradas, material de estoque perdido e veículos danificados nas concessionárias. E se contarmos o que as empresas estão deixando de vender por estarem fechadas, o prejuízo será muito maior para o comércio – diz o diretor-executivo da CDL de Lages, Jhonatan Roberto da Silva.

De 77 creches, 15 continuarão fechadas. Foto: Sandro Scheuermann

Paralelamente aos levantamentos, continua o conserto dos estragos na cidade. Até a tarde desta quarta-feira já haviam chegado 22 mil telhas à cidade, e até sexta serão 60 mil. Tudo é entregue diretamente nas casas por servidores da prefeitura e da Defesa Civil, que se dividiram em 13 equipes para cadastrar os moradores e distribuir o material.

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Das 134 creches e escolas das redes municipal e estadual de ensino que precisaram fechar as portas logo após o granizo, 106 voltam às atividades nesta quinta. Oito unidades reabrem segunda-feira, e o restante não tem previsão por ainda ter muitos problemas.

Já no Pronto Atendimento Municipal Tito Bianchini, que está fechado desde segunda-feira, a previsão é que a reforma geral dure 30 dias. Até lá, os atendimentos 24 horas serão realizados no 10º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército (10º BEC) e na emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP).

O governador Raimundo Colombo garantiu recursos do Estado ao município por meio do Fundo Estadual da Defesa Civil, criado em 2011 para situações de catástrofes naturais em Santa Catarina e que conta atualmente com cerca de R$ 12 milhões depositados.

Já o decreto de situação de emergência assinado pelo prefeito Elizeu Mattos, assim que for reconhecido pelo governo federal, servirá também para o município receber ajuda da União com base nos relatórios oficiais do prejuízo.

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