A paralisação de servidores que atuam na fiscalização de cargas e navios nos portos já soma prejuízo de mais de R$ 1 bilhão para indústria catarinense, de acordo com o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santa Catarina (Sindaesc). Embora a situação tenha melhorado gradativamente, com a suspensão da greve dos fiscais do Ministério da Agricultura, segunda-feira, a movimentação de cargas ainda não voltou ao normal.
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_ A tendência é que o prejuízo amenize. Mas o impacto continua _ diz Marcelo Petrelli, presidente do Sindaesc.
Funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seguem paralisados e liberam apenas medicamentos, matéria-prima para produção de remédios, insumos para análises microbiológicas e produtos médico-hospitalares, além das cargas que são alvo de mandado judicial.
A Receita Federal também segue em operação padrão. O processo, que atrasa a liberação das cartas importadas, já ocorre há dois meses.
No Complexo Portuário do Itajaí-Açu, o volume de cargas varia entre 14 e 15 mil contêineres ao dia. Segundo o diretor executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz, a velocidade de liberação ainda é lenta.
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Nesta quarta-feira, 82% do espaço destinado às cargas estava ocupado em Navegantes, e 79% em Itajaí. Apesar do acúmulo, nenhum navio deixou de atracar nos portos da região desde o início das paralisações.