A OGX, petroleira do empresário Eike Batista, amargou prejuízo de R$ 804,587 milhões no primeiro trimestre de 2013. O saldo é 455,6% maior do que o prejuízo de R$ 285,7 milhões do quarto trimestre do ano passado. Apesar do resultado, a empresa registrou Ebitda de R$ 73,824 milhões, o primeiro resultado positivo na geração de caixa da companhia medida por este indicador, fato ressaltado no documento de apresentação do balanço.
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“No primeiro trimestre de 2013, a OGX demonstrou um contínuo progresso, registrando maiores receitas e um EBITDA positivo pela primeira vez, assim como um aumento no volume total produzido no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, que totalizou 954 mil barris de petróleo. A companhia também atingiu produção total de quatro milhões de metros cúbicos de gás por dia no Campo de Gavião Real, na Bacia do Parnaíba, após a sincronização da quarta turbina da Usina Termoelétrica Parnaíba I com o sistema nacional”, diz o documento.
Mais uma vez, a petroleira relatou problemas operacionais, mas não os detalhou e classificou o primeiro período do ano como um trimestre desafiador. “Problemas operacionais levaram a paradas na produção dos poços OGX-68HP e TBAZ-1HP, além de intermitência operacional no poço OGX-26HP. Continuamos analisando o comportamento do reservatório, assim como o impacto no volume recuperável total estimado”, informou.
Petronas
Na divulgação do balanço do primeiro trimestre, a OGX detalhou o contrato firmado com a estatal malaia Petronas, que comprou 40% das concessões dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, do Campos de Tubarão Martelo, localizados na Bacia de Campos, por US$850 milhões.
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“Quando do fechamento financeiro, US$250 milhões e mais uma quantia correspondente a 40% dos gastos incorridos com o desenvolvimento do Campo de Tubarão Martelo desde 1º de maio de 2013 serão pagos diretamente à OGX (ficando imediatamente disponíveis para qualquer finalidade). Os restantes US$600 milhões serão depositados em nome da OGX em uma escrow account”, disse a companhia, no comunicado, sem detalhar o destino destes recursos, fato que vem causando preocupação no mercado.
As liberações serão parceladas e condicionadas ao desempenho de produção do campo, conforme a seguinte ordem: US$500 milhões no primeiro óleo; US$50 milhões com o atingimento de uma produção agregada de 40 kboepd; US$25 milhões com o atingimento de uma produção agregada de 50 kboepd; US$25 milhões com o atingimento de uma produção agregada de 60 kboepd.
“Adicionalmente a participação nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, a Petronas detém a opção de adquirir 5% do capital da OGX a um preço de R$6,30 por ação a qualquer momento ate abril de 2015. O exercício não envolverá emissão de novas ações e não implica na diluição da participação dos acionistas minoritários, já que as ações serão provenientes da posição acionária atual do acionista controlador da OGX, senhor Eike Batista.”