Um mês após a coleta de vieiras, ostras e mexilhões ter sido suspensa em Santa Catarina devido à presença de maré vermelha, os maricultores de Penha, segunda maior área de cultivo do Estado, ainda aguardam o aval da Cidasc para recomeçar a coleta. A cidade tem cerca de 70 famílias envolvidas na produção de mariscos e a estimativa é que a perda já ultrapasse R$ 100 mil.

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Nos últimos dias as análises do Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros ( Laqua), do Instituto Federal de Santa Catarina ( IFSC), em Itajaí, indicaram o afastamento das algas tóxicas e a depuração dos moluscos bivalves na região da Grande Florianópolis, onde a coleta foi reativada.

De acordo com o pesquisador Luiz Proença, vice-coordenador do Laqua, a tendência é que a ” limpeza” se estenda ao Litoral Norte nos próximos dias.

Segundo o pesquisador Gilberto Marenzi, da Univali, não há como prevenir a incidência de maré vermelha e, uma vez que ela chegue, não há como remediar. A única medida possível, que seria a retirada dos moluscos enquanto as toxinas estão presentes na água, é considerada economicamente inviável.

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Quando cessa a proliferação de algas, em poucos dias os moluscos se depuram e voltam a estar adequados para o consumo.